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Caixas eletrônicos: Aumento nos ataques

publicado por Marcelo Ponte

Figura - Caixas eletrônicos: Aumento nos ataquesO Brasil está passando por uma onda de assaltos a agências bancárias e explosões a caixas eletrônicos. Somente este ano, foram registradas 28 explosões a caixas no Sul de Minas Gerais. O estado da Paraíba teve 50 ataques a caixas eletrônicos e agências nos primeiros quatro meses do ano. Na Bahia, foram mais de 90 instituições bancárias atacadas até agora. Em Santa Catarina, 20 bancos foram alvos dos bandidos, inclusive em cidades pequenas. Uma agência em Joinville passou três vezes pelo mesmo problema desde janeiro.

Para enfrentar essa situação, uma lei foi sancionada para permitir à Polícia Federal investigar os roubos a bancos. Recentemente, a imprensa divulgou a prisão de quatro integrantes de uma quadrilha especializada em explosões de caixas eletrônicos, que atuava no estado de São Paulo. Mas a investigação das polícias depende de elementos disponíveis para identificar criminosos, que têm sido cada vez mais ousados.

Entre os métodos mais comuns adotados por eles, estão o uso de gás ou explosivos. Mas é o roubo do dinheiro que traz consequências mais sérias para quem realmente sofre o golpe. Uma delas é o impacto emocional causado àqueles que são roubados quando estão fazendo um saque. Garantir sua segurança é fundamental, ao mesmo tempo em que sua privacidade deve ser respeitada.

Enquanto as polícias buscam meios para identificar essas quadrilhas e a sensação de insegurança aumenta, a presença dos caixas eletrônicos também aumenta – e há muitos lugares onde eles ainda poderão ser instalados. Isso significa mais dinheiro em circulação e, consequentemente, maior risco não só para a moeda em si, mas também para os clientes e tudo relacionado aos saques nos caixas eletrônicos.

De modo geral, o cenário mostra que os criminosos estão cientes dessa tendência e se organizando cada vez mais para praticar seus atos. No mundo, os números relacionados a esse tipo de crime também estão crescendo: nos primeiros nove meses de 2014, foram registrados 433 casos, enquanto que, em 2013, no mesmo período, ocorreram 321 casos, o que resulta em um aumento de 34,9%.

Além disso, estes crimes representam, aproximadamente, 80% do total de ataques, o que demonstra o quanto os caixas eletrônicos se transformaram no primeiro alvo dos ladrões, principalmente por causa de sua principal função: fornecer dinheiro.

De acordo com uma pesquisa feita em 2014 pela ATMIA, uma associação mundial ligada ao setor de caixas eletrônicos, os responsáveis pela segurança dos bancos estão cientes da importância das soluções tecnológicas existentes para lidar com esse tipo de problema, como o videomonitoramento IP ou digital. Por isso, muitos bancos estão partindo para uma ação mais proativa, em nome da prevenção.
O investimento em tecnologia, às vezes, é visto como um custo adicional, mas quando ocorre um ataque a um caixa eletrônico, o banco lida com custos que são ainda maiores e que afetam não apenas esses equipamentos, mas também a estrutura do banco em si, além de ferimentos em quem estiver passando por perto ou, no pior dos cenários, vítimas fatais.

Existem dois tipos de gases mais usados pelos bandidos: oxigênio e acetileno. Acima de tudo, porque não têm cheiro e não são detectados pelos farejadores eletrônicos. Além disso, o oxigênio é escolhido porque ele explode sem fogo, protegendo as notas das chamas. Contra esse problema, já existem ATMs modernos, com sensores para gás que podem ser interligados às câmeras IP, para que se tenham imagens ao vivo de quando for detectado algum sinal de fumaça. Além disso, é possível instalar câmeras dentro de caixas eletrônicos feitos com material à prova de explosão.

Com as câmeras, é possível fazer também uma análise comportamental dos criminosos, pois sempre há gestos mais exagerados e que são típicos nesse tipo de crime. E os softwares analíticos são bem precisos ao detectar tais movimentos, oferecendo assim a possibilidade de tomar decisões imediatas diante de um ato criminoso em potencial ou para reportar um caso suspeito.

Quando os ataques são feitos com gases explosivos ou outra ferramenta, o videomonitoramento IP pode ser muito útil ao banco, por ser mais moderno e exigir menor custo de manutenção, comparando com as câmeras analógicas.

Em todos os casos, a precaução pode ser obtida de duas maneiras: com câmeras instaladas em áreas fora dos caixas eletrônicos, de modo que impeçam os criminosos de tomar certas atitudes, mas especialmente com câmeras que possam ser usadas dentro desses equipamentos, para serem feitas análises de cenas suspeitas, como pessoas que tenham visitado o mesmo local dias antes do crime e por mais de uma vez.

A adoção de câmeras IP resistentes a atos de vandalismo, com resolução Full HD e recursos inteligentes para o reconhecimento facial dos clientes, identificação de comportamentos suspeitos em frente aos caixas eletrônicos e integração com sensores de fumaça, representa o futuro de um setor que hoje ainda utiliza as antigas câmeras analógicas, de baixa resolução e sem recursos de inteligência. As imagens de maior qualidade podem auxiliar as investigações da polícia – incluindo, agora, as da Polícia Federal – e identificar criminosos com o máximo de detalhes.

[Crédito da Imagem: Caixas Eletrônicos – ShutterStock]

Autor

Marcelo Ponte é gerente de marketing da Axis Communications na América do Sul.

Marcelo Ponte

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