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Recolocação Profissional: dor ou prazer?

publicado por William Telles

 

Figura - Recolocação Profissional: dor ou prazer?Independente do fator motivacional (desligamento da empresa, busca de novas oportunidades profissionais, insatisfação com a empresa atual, etc.), é possível afirmar que o processo de recolocação profissional é único, ímpar, e em se tratando de sentimentos, é possível classificá-lo de diversas formas, inclusive se é prazeroso ou doloroso.

O momento da recolocação profissional coloca você em uma condição de evidência mercadológica bem maior do que alguns podem imaginar. Seu network é acionado por você, que por sua vez acionam outros networks e aí já começa a ficar interessante, pois seu CV é exposto para pessoas que você conhece e as que não conhece. Os seus conhecidos poderão afirmar que é apenas uma questão de tempo para sua recolocação profissional, pois seus predicados, suas habilidades e competências são muito boas. Contudo, aqueles que não te conhecem mas receberam seu CV vão fazer uma análise muito – mas muito mesmo – mais fria!

É bom ter amigos, isso é inegável, mas sendo bem franco, todos temos uma veia empreendedora e que fala mais alto quando temos que investir. Buscamos o maior retorno com o menor investimento, e é isso mesmo que vai acontecer quando o recrutador ou empreendedor em potencial avaliar seus skills, e nessa hora você vai ser posto face to face com todas as suas competências que tornaram possíveis o seu crescimento profissional até o presente momento: cursos livres, graduação(ões), pós-graduação(ões), certificações, projetos, etc.

Nessa hora alguns irão perceber que fizeram o “dever de casa”, trabalharam mas não se esqueceram da conhecida “educação continuada”, e por isso mesmo estão em perfeitas condições de concorrer à quaisquer vagas que julguem interessantes, e com grandes chances de recolocação profissional em um breve espaço de tempo. Outros provavelmente vão ter mais dificuldades de recolocação profissional por conta de não terem cuidado da manutenção de seus conhecimentos teóricos da mesma forma que cuidaram de manter seus empregos. Mas há um terceiro caso que quero falar com total propriedade: você fez seu dever de casa mas o mercado está recessivo, com baixo índice de oportunidades. E agora? O que fazer? Como conseguir recolocação profissional em um momento em que as empresas mais demitem do que contratam?

Apesar de não ser catedrático desta disciplina, a palavra-chave é CAPACITAÇÃO, e praticando a boa Gestão de RH em Projetos (PMI®), seguem algumas recomendações interessantes para sua recolocação profissional:

  1. Estude coisas novas. Seja você de que área for (banco de dados, desenvolvimento, infra, projetos, gerente, etc), sempre há algo que pode somar em sua carreira e agregar valor ao seu CV. Por exemplo, capacitação Green Belt pode garantir que um profissional tenha uma visão bem mais abrangente de um processo e, desta forma, consiga em seu campo de atuação reduzir custos e aumentar receita para a empresa.
  2. Desengavete projetos de estudo. Aquela graduação que você começou e não concluiu, essa é a oportunidade que você precisava. Aquela certificação que você não tinha tempo pra se preparar, agora tem e deve usar com o máximo de sabedoria esse tempo para garantir aprovação no exame que quiser.
  3. Capacite-se, capacite-se, capacite-se. Em um ambiente hostil de mercado, com variáveis e indicadores financeiros bastante desfavoráveis à manutenção de qualquer empreendimento, qualquer empresa de que porte for vai buscar os profissionais mais capacitados para garantir a perenidade da organização. Engana-se quem acha que isso é exclusivo do profissional mais experimentado. O que importa não é apenas o que você já fez de relevante, mas o quanto você está preparado para continuar fazendo diferença. Pra exemplificar, se você já construiu KPI´s de grande importância é legal! Mas o que o mercado quer saber é o quanto você está preparado para construir novos indicadores de alta performance para um novo mercado ou novo segmento para o qual você se propõe a ser um novo colaborador.

O Livro “A Estratégia do Oceano Azul” de Renée Mauborgne e Chan Kim, possui uma chamada na capa que me encanta cada vez que leio: “Uma estratégia eficaz para sair da concorrência sangrenta e encontrar novos espaços no mercado”. Se você fala bem inglês, ao invés de ficar sentado e chorando as dificuldades encontradas pra se recolocar como DBA, por exemplo, aproveite a oportunidade para adquirir fluência na língua inglesa e se lançar como Gerente de Produtos para uma empresa de software norte-americana!

Em suma, o processo de recolocação profissional é um momento de muito prazer para aqueles que percebem a oportunidade de desenvolverem mais as habilidades e competências já existentes ou mesmo partir para novos e instigantes desafios, mas extremamente doloroso para o profissional que sempre contou com a “sorte”; e por falar em sorte, minha opinião sobre sua aplicação no meio profissional é que ela não existe. No máximo ela é o que acontece quando a capacidade encontra-se com a oportunidade.

Como eu disse a um amigo dia desses em Barueri-SP: esforce-se sempre para ser referência, nunca estatística. Referências são seguidas, estatísticas não aparecem.

[Crédito da Imagem: Recolocação Profissional – ShutterStock]

Autor

Engenheiro da Computação, Administrador de Empresas (graduando 2015), MBA em Gestão Empresarial, Especialista em Governança de TI, Segurança da Informação e Computação Forense. Profissional com mais de 20 anos de atuação em TI. Capacitado em COBIT 5, ITIL V3, ISO 20000, 27001, 27002, 22301, BPM e Gerenciamento de Projetos padrão PMI®, e tendo gerenciado projetos na área financeira com equipes internacionais, bem como liderado e treinado Gestores de TI, Infraestrutura, Desenvolvimento de Sistemas, e Escritório de Projetos (PMO).

William Telles

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