Gerência de Projetos

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Gerenciamento de Riscos em Projetos – Introdução

publicado por Wleiner Ortis

Gerenciamento de Riscos em Projetos - IntroduçãoOlá,

Certamente você já ouviu falar dos riscos em fazer uma determinada tarefa ou em perseguir um determinado objetivo, seja pessoal ou profissional. Quando se fala que algo tem riscos ficamos, logo de início, com um “pé atrás”, imaginando que se algo tem risco não convém seguir por tal caminho, não é mesmo? E assim a idéia é descartada.

Entretanto, ao lançarmos um olhar mais apurado sobre a questão vemos que toda atividade e todo objetivo tem riscos, menores ou maiores, que podem afetar a sua execução ou o resultado pretendido. Mesmo as coisas mais simples e triviais tem risco. Mas como assim? Imagino que esta seja a pergunta que surge na sua mente ao ler este parágrafo. É simples: Quem nunca viu uma atividade ou um objetivo trivial não ser concluído, por um motivo qualquer, as vezes até banal? Daí vem a pergunta óbvia, com uma resposta ainda mais óbvia: Você gostaria de concluir esta atividade ou alcançar este objetivo simples evitando os riscos, ou, na pior das hipóteses reduzir, em muito, a probabilidade e/ou o impacto do risco? (Será que alguém responderia não a esta pergunta?)

Mas o que é risco? Segundo a definição do PMI (Project Management Institute), risco é todo evento ou condição incerta que, se ocorrer, afeta os objetivos do meu projeto (Escopo, tempo, custo, qualidade).

Impacto nos objetivos do projeto: Impacto no escopo: Este impacto no escopo pode ser o impedimento de executar o escopo do meu projeto, parcial ou total. Há riscos que quando ocorrem podem impedir ou prejudicar o prosseguimento do meu projeto, inviabilizando a entrega de um ou mais benefícios do projeto, e as vezes até a sua conclusão.

Impacto no prazo: Outro impacto é no prazo de execução do projeto. Ou seja, embora o projeto possa continuar, mesmo com a ocorrência de um risco, haverá atraso na entrega de um ou mais benefícios do projeto, simplesmente porque alguém terá de parar o que está fazendo para atuar no impacto do risco: restaurar uma situação, abalada por um risco, conter o estrago, etc.

Impacto no custo: Um atraso na entrega de um ou mais benefícios de um projeto normalmente gera aumento no custo do projeto, já que o taxímetro continua contando quando o risco acontece. Ou seja: As tarefas de execução produtiva do projeto, que estavam previstas no planejamento do projeto, são congeladas e a equipe, ou parte dela, passa a trabalhar para remover ou pelo menos minimizar os danos causados pela ocorrência do risco. No final do dia alguém tem de pagar a conta: as horas que serão gastas para recuperar o projeto ao estado anterior à ocorrência do risco.

Impacto na qualidade: Outro impacto pode ser na qualidade final da sua atividade ou do seu projeto. A ocorrência do risco pode diminuir a qualidade do resultado da sua atividade ou dos benefícios entregues pelo seu projeto.

O problema, para além do óbvio – impacto no escopo, tempo, custo e qualidade é o desgaste que estes impactos vão causar, tanto no relacionamento entre os envolvidos (Confiança na relação cliente x fornecedor), quanto nas pessoas: Frustração, sensação de impotência e de fracasso, desmotivação, desgaste da relação entre os integrantes da equipe executora e o gerente do projeto, etc.

É aí que entra a disciplina de gerenciamento de riscos em projetos: Em essência gerenciar riscos é estar no comando, é ter o controle dos seus projetos, ao invés de deixar que o projeto controle você. Se você faz o gerenciamento correto de riscos todos vão querer trabalhar no seu projeto. É óbvio: quem não quer ter menos stress, menos problemas, mais resultado, mais eficiência?

Quando não há gerenciamento de riscos e um risco ocorre todos tem que parar o que estão fazendo, marca-se uma conferência as pressas para discutir o que fazer, todos ficam nervosos e estressados, o diretor logo liga e quer saber o que está acontecendo. E aí, sem tempo para planejar as respostas, saem todos como loucos para conter a onda de estragos causada pela ocorrência do risco.

Mas não você! Quando você faz o gerenciamento correto de riscos e o integra com as outras áreas de conhecimento de projetos, tais como comunicação e gestão das partes interessadas, os riscos que podem acontecer já foram identificados no início do projeto, ações foram planejadas para evitar a ocorrência de parte dos riscos e planos foram criados para lidar com os riscos que não podem ser evitados. Estes planos são divulgados e são de conhecimento da equipe e do cliente, antes mesmo do início da execução do projeto. Devido a estas ações pró-ativas muitos dos riscos do projeto são evitados, o que equivale dizer que não irão mais ocorrer no projeto, enquanto a probabilidade/impacto dos riscos que ainda podem acontecer é grandemente minimizada, por meio de planos detalhados, que foram alinhados com a equipe e o cliente.

E quando o diretor liga, você diz: sim, o risco “x” ocorreu, mas tal plano de ação está em execução e daqui a tanto tempo será resolvido. Eu, pessoalmente, lhe avisarei ao término. Que tal? Em breve outros artigos serão publicados, dando sequência ao assunto. Aguarde!

[Crédito da Imagem: Gerenciamento de Riscos em Projetos – ShutterStock]

Autor

Wleiner é formado em Engenharia Elétrica desde 1995, pós-graduado em redes de computadores, especializado em gerenciamento de projetos pelo PMI, associado ao capítulo SP. É certificado PMP, ITIL, Cobit, ISO 27002. Possui 30 anos de experiência em TI. Começou a carreira na área de suporte técnico. Trabalhou por mais de 10 anos como Consultor especialista em infraestrutura Microsoft, aonde obteve 11 certificados Microsoft e 1 certificado VMware. Trabalhou e viveu nos Estados Unidos e em Angola por 7 anos. Foi neste período que entrou em contato com a área de gerenciamento de projetos, em 2005. Especializou-se em riscos, atuando desde então em consultorias especializadas em gerenciamento de projetos.

Wleiner Ortis

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