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Consultor: a segurança em projetos de segurança

publicado por Andrei Junqueira

Consultor: a segurança em projetos de segurançaO atendimento à real demanda do cliente é garantido por um agente imparcial ainda pouco utilizado em projetos de videovigilância.

Escolher uma solução de videomonitoramento é fácil, e existem centenas de opções. Mas escolher uma solução eficaz de videomonitoramento é diferente. A dificuldade se deve à busca por eficácia, ou seja, ao atendimento de todas as necessidades e potencialidades do cliente, que muitas vezes não conhece as tecnologias que estão à sua disposição ou as implicações a longo prazo de suas escolhas. Bombardeado por informações de fontes enviesadas, o cliente tende a ficar à mercê dos interesses à sua volta, ou decide pelo preço. Na ausência de uma consultoria, o investimento pode terminar sendo aplicado numa solução inadequada ou aquém do ideal para aquele caso específico. E acaba-se descobrindo que escolher o melhor sistema não é uma tarefa nada simples.

Ao contrário do que se pensa, ninguém deve instalar câmeras com a mera intenção de monitorar um espaço. Elas devem ser instadas para esclarecerem episódios, otimizar processos e facilitar a gestão, porque essa é a verdadeira demanda. E, para identificar e viabilizar essa demanda, existe o consultor – um agente imparcial a quem cabe indicar as soluções disponíveis no mercado mais afins com o interesse do cliente, para que a escolha seja feita com máxima liberdade e, ao mesmo tempo, delimitada por normas técnicas, legislação e aspectos de interesse do cliente, como a adoção de um sistema escalável e resistente ao futuro.

Lá fora, a importância do consultor é mais reconhecida. Das 225 maiores empresas globais de consultoria para projetos, 83 são americanas e 63 são europeias, segundo estudo divulgado no final de Julho pelo site especializado ENR. Em 2013, essas 225 maiores faturaram apenas US$ 5,687 milhões na América Latina e Caribe. Só no Canadá, por exemplo, foram mais de US$ 9 milhões no mesmo período.

O mesmo estudo aponta que Chile e Peru têm se mostrado mercados promissores, e não somente devido aos setores relacionados a recursos naturais. O principal desafio para aproveitar esse potencial é, sem dúvidas, conscientização. Sem um agente neutro que possa acompanhar o projeto desde o entendimento das necessidades, passando pelo projeto da solução e até da verificação do que foi instalado, o cliente pode acabar sendo induzido a acreditar, por exemplo, que quanto mais megapixels as câmeras tiverem, melhor. Ou que o simples fato de uma câmera PTZ ter infravermelho é uma boa opção para monitoramento noturno. Essas informações sem uma devida análise podem ludibriar até mesmo os gerentes de segurança e TI mais bem-informados.

Para complicar ainda mais, alguns fabricantes anunciam características técnicas que não correspondem àquelas entregues por seus produtos. Câmeras idênticas no papel frequentemente apresentam desempenhos díspares. Nesses casos, a experiência do consultor, que realiza periodicamente testes internos para comparar produtos e conduz provas para diversos clientes, é fundamental para evitar decepções. Por ter acompanhado o desenrolar de muitos projetos com diversas marcas, ele possui um conhecimento acumulado sobre outros aspectos importantes para o cliente, como impacto dos equipamentos no consumo de banda e energia e necessidade de manutenção.

Os prejuízos para a empresa que comprou o sistema podem ser grandes. Mas quando a decepção ocorre em projetos para o Governo, como em cidades que instalam câmeras para monitoramento urbano, o problema ganha outra dimensão. Quando uma licitação pública prevê, em sua especificação técnica, a participação de um consultor independente, pode-se contar com uma opinião isenta, baseada em critérios técnicos que, combinados à busca pelo menor custo, resultarão na escolha mais adequada à população. Para os gestores públicos, é um respaldo com profundo conhecimento técnico. Para os contribuintes, um atestado de idoneidade.

Em comparação com Estados Unidos e Alemanha, por exemplo, onde a participação de consultores já é considerada indispensável para projetos de videomonitoramento de média e alta complexidades, toda a América do Sul ainda apresenta um forte potencial de crescimento para esse mercado. Somando as Américas do Norte e Central, a Axis Communications possui 1.261 consultores participando de seu programa de Arquitetura & Engenharia (A&E). Em toda a América do Sul, são 69 consultores. Enquanto isso, os clientes se deparam com câmeras que parecem idênticas tanto no visual quanto em sua descrição técnica. Na dúvida, e sobretudo na certeza, deve-se recorrer a um consultor.

[Crédito da Imagem: Videomonitoramento – ShutterStock]

Autor

Andrei Junqueira é Gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios da Axis Communications para a América do Sul

Andrei Junqueira

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