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Por que as empresas preferem neutralizar a reduzir o dano ambiental?

publicado por Cecília Vick

Por que as empresas preferem neutralizar a reduzir o dano ambiental?Após a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a necessidade de diminuir o dano ambiental tomou conta da agenda pública e também adentrou no ambiente corporativo. Dois caminhos surgiram para as empresas: reduzir a emissão de poluentes com políticas de longo prazo ou neutralizá-los com ações mais simples?

Abaixo, estão cinco das muitas dificuldades que as empresas encontram ao iniciar planos de redução:

Necessidade produtiva – reduzir drasticamente o consumo de energia e a emissão de poluentes pode impactar na produtividade. Com a redução, as empresas operariam com menos máquinas e por isso não conseguiriam se manter competitivas.

Aumento de equipamentos – a evolução tecnológica criou e aperfeiçoou diversos equipamentos voltados para o ambiente corporativo. Porém, há um preço. A maioria aumenta o consumo de eletricidade e, consequentemente, a emissão de gases estufa.

Atuação integral – alguns setores, como os responsáveis por datacenters, operam em um sistema integral, com equipamentos ligados à noite e também aos fins de semana. Com máquinas trabalhando 24 horas ao dia, consequentemente haverá aumento de energia.

Velhos hábitos – sustentabilidade ainda é visto como algo novo no ambiente corporativo. A falta de conhecimento sobre o tema faz com que velhos hábitos de consumo sejam mantidos, deixando para o “futuro” algumas decisões que poderiam implicar na diminuição de poluentes dentro da companhia.

Medo de mais gastos – por fim, há uma visão errônea de que implantar políticas sustentáveis na gestão implica no aumento de gastos e na redução de lucros da empresa. Na verdade, é o contrário: ações bem simples possuem resultados eficazes e garantem até mesmo uma economia em alguns custos.

Por tais motivos, a neutralização, ou seja, permanecer com a mesma produção, porém combater os respectivos dados caudados, têm sido o caminho mais simples e imediato para que a companhia cumpra com o papel sustentável.

Porém, essa prática ainda é bastante inferior à emissão de poluentes. Os números seguem assustadores: no Brasil, o consumo de energia elétrica subiu 5,7% no segmento de comércio e serviços em 2013, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética. O uso da água está na casa de 165 litros por habitante/dia, muito acima da recomendação da ONU, que é de 110 litros por habitante (segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento). Em escala global, a emissão de gás carbônico pulou de 330 para 400 partes por milhão nas últimas três décadas.

Seja reduzindo a emissão de poluentes ou compensando-a de fato com ações práticas (como, por exemplo, o plantio de árvores), é passada a hora das corporações tomarem medidas de responsabilidade para com o planeta!

[Crédito da Imagem: Dano Ambiental – ShutterStock]

Autor

Cecília Vick é Diretora Executiva da GreenClick, empresa que contribui com a neutralização da emissão de CO2 no Brasil.

Cecília Vick

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