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Quanto você está disposto a pagar por uma promoção?

publicado por Alberto Parada

Quanto você está disposto a pagar por uma promoção?Os valores do mundo corporativo estão cada dia mais malucos. Alguns acreditam que é evolução; outros, às vezes taxados de conservadores, chamam de involução. O fato é que para se conseguir uma promoção os profissionais estão se sujeitando a qualquer coisa.

É sabido que as empresas com melhor reputação, quando iniciam seu processo de seleção de trainee, tem como um dos critérios, o ranking das faculdades que seus candidatos frequentam. Porém outras estão usando critérios um tanto heterodoxos para escolher ou promover seus funcionários. O pior é que diversos deles estão aceitando qualquer coisa para serem promovidos.

A quantidade assustadora de “Uniesquinas” que proliferam sem controle em todos os cantos do país fazem qualquer coisa para conseguir um aluno. E as empresas, ao invés de incentivarem os alunos a buscar faculdades que prezem pelo conteúdo, incentiva-os, a troco de promoções, a buscarem concluir rapidamente seus cursos.
O fato é que essa perversa situação, ao invés de colaborar com a formação dos futuros líderes que irão, em poucas décadas dirigir as empresas e o país, ajudam apenas a nos perpetuar a ocupar as últimas posições nos rankings de qualquer avaliação feita por entidades nacionais ou internacionais.

Infelizmente a imaturidade, fruto da pouca idade dos jovens profissionais, sedentos por uma ascensão profissional, ficam cegos e não percebem o mal que estão se causando.

Evidente que não se pode negligenciar que uma promoção é sempre algo desejado e almejado por todos, principalmente por quem se dedica, trabalha para alcançar e bater metas, porém é preciso esclarecer que mais importante do que uma promoção aparentemente precoce é o preço que se paga por toda uma vida por carregar no currículo um título de uma faculdade de terceira linha.

O que poucos sabem é que da mesma maneira que as empresas utilizam os mais variados critérios para promover, não usam nenhum critério na hora de demitir.
Mudar esse cenário não é fácil, afinal quem resistiria a ouvir do chefe: “ se você estivesse no último ano a vaga seria sua”? Quem não procuraria uma faculdade para analisar seu histórico escolar e fazer uma reclassificação, promovendo-o um ano ou mais?

Se não é fácil resistir à tentação da promoção, muito menos é entender como uma empresa pode ter um critério baseado apenas no ano que o aluno está, independentemente da qualidade de ensino que seu profissional está recebendo.
A lição que fica é o enorme desafio que todos temos em conscientizar os jovens profissionais de que carreira é mais que uma promoção precoce, ela é algo a ser cuidado e planejado com muita atenção e dedicação, porque não é raro ver a alegria de hoje se transformar em enormes decepções no futuro.

[Crédito da Imagem: Promoção – ShutterStock]

Autor

Fundador do : descomplicandocarreiras.com.br

Alberto Parada

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