No último texto discutimos como manter o foco não apenas na qualidade dos sistemas mas sim orientando a qualidade ao negócio que estes sistemas sustentam. Neste vamos discutir o que muda quando da adoção SOA.
SOA – Service Oriented Architecture, modelo para arquitetura de sistemas orientada a serviços começa a ser mais e mais adotado pelas corporações e, certamente, passa a ser a nova realidade nos centros de desenvolvimento de sistemas.
Com isso, faz-se necessário repensar as ações de qualidade que devem ser seguidas para garantir a qualidade de sistemas desenvolvidos sob esta orientação.
Qualidade sob SOA deve ter estratégia e planos diferenciados do tradicional, porém, deve ainda considerar a mesma política de qualidade, os mesmos processos, as mesmas técnicas e instrumentalização.
Para que a utilização de SOA seja bem sucedida há que se endereçar adequadamente o esforço para testes, testes da segurança, perfil da equipe de testes e estratégia de instrumentalização.
O esforço destinado para testes da camada de serviços certamente será maior em relação ao necessário à camada de sistemas aplicativos, o que implica em diferenciar este nos planos de trabalho e orçamentos.
Os testes de segurança deixam de ser efetivos somente ao final do projeto e passam a ser essenciais durante todo o seu ciclo de vida. Novamente há reflexos nos planos de trabalho e orçamentos.
Testes sob SOA devem contar com farto conhecimento de negócio além do conhecimento técnico da arquitetura, o que altera o perfil da equipe.
A abordagem de testes SOA deve contar com estratégia apropriada de instrumentalização, para dar vazão aos múltiplos testes a serem aplicados as diferentes camadas com diferentes versões de módulos.
As principais premissas para a implementação de SOA também devem ser foco da qualidade.
A documentação do Processo de Negócio é crítica em si, e não apenas na camada Web, por utilizar-se de serviços em qualquer tempo do processamento.
Implementação evolutiva, iniciando por um piloto, para entregar resultados ao negócio incrementando-o, passa a ser determinante na estratégia de desenvolvimento.
A implementação deve, também, ter por base a agregação de serviços, provendo alta flexibilidade e contínua redução de custos como foco de qualidade em contraposição a busca do requisito de baixa manuntenibildade.
Interfaces padrão para os serviços é premissa para a integração e a interoperabilidade com outros serviços.
Estas premissas ressaltam os negócios na orientação dos serviços e os serviços na orientação da tecnologia. Em suma, a agilidade para o negócio é qualidade fundamental.
Sua orientação segue na abordagem “top-down” em relação à definição dos requerimentos do processo de negócio, desenho funcional e técnico em alto nível. E segue na abordagem “bottom-up” de testes (testa funções individuais de um serviço, estas compostas em relação a um “set” de serviços e, finalmente, integrando serviços e funcionalidades que sustentam um negócio).
O modelo para testes sob SOA reflete diferentes visões de testes em diferentes níveis de testes e abrange todo o ciclo de vida de desenvolvimento de sistemas.
O ambiente de testes necessário é complexo, pois requer suportar testes múltiplos e simultâneos onde a automação do controle de versões será fundamental para a qualidade.
Os principais pontos de atenção para qualidade com SOA:
Note-se que qualidade de sistemas voltados a SOA acrescentam processos de verificação e validação aos já usualmente adotados no desenvolvimento e de testes de sistemas tradicionais.
[Crédito da Imagem: SOA – ShutterStock]
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