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PaaS – Oportunidades, desafios e tendências

publicado por Diogo Goebel

PaaS - Oportunidades, desafios e tendênciasPlatform as a Service é a computação em nuvem para desenvolvedores, isso fica bastante claro quando você tem contato com uma plataforma, os benefícios e as oportunidades de escala são enormes, porém antes de falar das oportunidades, desafios e o que impulsiona o crescimento de PaaS é importante esclarecer um ponto.
Apenas automatizar alguns processos em um IaaS – Infrasctructure as a Service – não fazem dele uma Plataforma. Algumas empresas vem adicionando automação, principalmente na etapa de deploy, e chamando a solução de PaaS. Vimos este mesmo processo com o surgimento da Computação em Nuvem, no início tudo era nuvem, até um VPS com painel de controle para gerenciamento era chamado de nuvem.

PaaS é muito mais que automatização, as oportunidades estão principalmente em poder ampliar a integração de componentes e fazer melhor uso de outras tecnologias sem o overhead das tarefas de administração e gerenciamento de infraestrutura.

Oportunidades na adoção de PaaS

Densidade e redução de custo: Provedores de IaaS estão fazendo um ótimo trabalho melhorando a densidade de uso de servidores, dos datacenters e reduzindo o preço.
PaaS pega carona nessa tendência e vai mais longe, melhorando ainda mais a densidade através da escalabilidade, facilitando a ampliação e redução de recursos sob demanda. Algumas plataformas oferecem escalabilidade automática, entregando ainda mais precisão no aproveitamento dos recursos.
Quem nunca comprou um servidor um tanto maior pensando na possibilidade de um pico de acessos?

Time to Market: Em um mundo extremamente competitivo, lançar seu produto/ideia de forma rápida pode ser fator decisivo para o negócio. Algumas soluções de PaaS conseguem entregar o ambiente pronto para uso em menos de 2 minutos.

Economia: Oferece ganho significativo de tempo e recursos financeiros quando configurar e administrar servidores sai da equação. OK, escalabilidade também oferece economia, afinal quando você não precisa pagar por um servidor grande todo o mês devido a possibilidade de um pico de acesso, você está economizando, porém hardware e infraestrutura na nuvem está cada vez mais barato.
O maior custo das empresas não está na infraestrutura e sim nos recursos humanos e nas habilidades específicas para este tipo de trabalho. Chute uma lata e me diga quantos profissionais de nuvem saem 🙂

Integração e inovação: A possibilidade de adicionar de forma simples e rápida componentes como cache, CDN, ferramentas de big data, tem contribuído muito pelo uso de Plataforma na hora de decidir como hospedar um site, e-commerce, aplicações web de alto tráfego. O grau de complexidade cai as oportunidades de inovar usando outras soluções crescem.

Desafios

Um dos desafios de PaaS está em mudar o mindset do desenvolvedor, em parar de pensar em servidores, CPU, memória ou quanto espaço em disco será necessário – o desenvolvedor precisa programar para escalar – PaaS é escalabilidade – escalar memória, CPU, largura de banda e, quando você usa um Object Storage, como Amazon S3, espaço em disco definitivamente não será um problema.
Esta quebra de paradigma não é um desafio exclusiva das plataformas, vimos o mesmo no surgimento das soluções de IaaS, onde as empresas tiveram que desapegar da ideia de “ter seu próprio servidor” e passaram a usar servidores na nuvem, em um ambiente onde elas não controlavam totalmente. Aos poucos foram percebendo que esta “falta de controle” na verdade era um benefício, pois proporcionou aumentar o foco no negócio e não mais em infraestrutura.

Tecnologias PaaS e alguns players

O líder hoje é o Heroku, sem dúvida, mas temos o OpenShift com sua estratégia Open Source e desenvolvimento em comunidade ganhando bastante tração, tendo sido adotado por empresas como Boeing e Paypal.
Também temos o Cloud Foundry buscando por espaço com estratégia Open Source, mas não vejo a VMWare liderando um movimento Open Source, não está no DNA da empresa.

Embora a ideia deste artigo não seja fazer uma análise aprofundada das empresas no segmento, vale uma lista rápida:

Heroku: é líder no segmento, foi adquirido pela Sales Force, roda em sistema proprietário e em servidores na Amazon. Vende o serviço por hora e chama suas instâncias na nuvem de Dyno;
https://www.heroku.com/home

OpenShift: produto da Red Hat e se divide em OpenShift Enterprise e OpenShift Origin, com código disponível no github – https://github.com/openshift. Além da Red Hat liderar o desenvolvimento, também oferece o serviço pelo OpenShift Online, não disponível para compra do mercado brasileiro (disponível para EUA, Canadá e alguns países da Europa). Roda em servidores na Amazon. Suas instâncias são chamadas de Gears;
https://www.openshift.com

Getup Cloud: empresa brasileira do segmento de PaaS, roda OpenShift Origin em servidores na Amazon. Participa da comunidade OpenShift contribuindo no desenvolvimento do sistema, documentação e em integrações com outros serviços. Oferece o serviço com cobrança por hora e escalabilidade automática. Suas instâncias também são chamadas de Gears;
http://getupcloud.com

AppFog: roda Cloud Foundry, utiliza servidores na Amazon, vendem com fee mensal e baseado em quantidade de memória vs. número de instâncias. Confesso que acho um pouco confuso o modelo.
https://www.appfog.com

Tendências

Adotar uma solução de PaaS é uma questão de tempo para a maioria das aplicações que estão rodando hoje. Arrisco a dizer que 80% a 90% das aplicações web poderiam não só rodar em uma PaaS, como rodariam ainda melhor com os benefícios oferecidos.
Temos uma quantidade grande de recursos sendo desperdiçados, aplicações rodando em servidores dedicados, operando com alto nível de ociosidade e sem qualquer plano de escalabilidade.

Não é ruim só para o bolso, mas também para o meio ambiente. Acordamos para essas questões no surgimento da Computação em Nuvem e acredito que acontecerá o mesmo com PaaS – é esperar e ver.

[Crédito da Imagem: PaaS – ShutterStock]

Autor

Evangelista de Computação em Nuvem, atua como consultor em projetos web de grandes volumes de tráfego, ligado em empreendedorismo e mentoria de startups.

Diogo Goebel

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