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Existe melhoria entre preço de mercado, custo, benefício e responsabilidade social

publicado por Fabio Oliveira

Existe melhoria entre preço de mercado, custo, benefício e responsabilidade socialEste texto tem por base fazer uma análise de como o consumidor e o mercado podem se comportar com relação a destinação do dinheiro circulante. Está evidente que os montantes gerados pelo mercado comercial são direcionados de maneira egoísta e gananciosa, o que onera os consumidores de maneira inequívoca, pois quando há aumento de custo no mecanismo do comércio, esse custo é repassado de uma forma ou de outra para mercado consumidor, sempre isentando os possíveis geradores desses custos. Entre tudo constatei que o principal índice desse aumento está na forma como vem sendo conduzida a precificação, o mercado está inflando os preços, ou seja, não está simplesmente repassando aumento de custos, mas sim conduzindo o valor de forma arbitrária.

Com essa contextualização vamos a um raciocínio: já sabemos que o preço de quase tudo está alto (e alto, bem acima do justo); mas dizem que está alto porque existe quem pague; se existe quem pague um alto preço é porque existe dinheiro (ou consegue-se, afinal existem diversas opções); e em resumo as pessoas acabam gastando mais que o justo para obter o que é necessário. Além disso, também se adquiri o que nem sempre é necessário, tornando evidente que o consumo abrange um cenário onde é mais difícil avaliar se o que é pago está além do que é justo.

O adjetivo “necessário” está aqui para caracterizar uma forma para imaginarmos como atuar frente ao mercado para que este possa nos dar opções em que os gastos não sejam além do necessário àquele bem. Com um mercado de auto regulação e sem conhecer toda a cadeia produtiva envolvida em cada opção, como poderíamos imaginar uma solução para que os valores fossem adaptados a valores justos? Opção: reduzir o dinheiro circulante.

Com um ajuste assim é bem possível que as pessoas gastassem de maneira diferente e o mercado se reposicionaria, enquanto com a redução do dinheiro circulante o mercado se veria obrigado a reduzir seus valores de comercialização, como previsto em parte da estrutura capitalista e regulação de preços pelo mercado. Eu gostaria de encontrar uma maneira mais simples para que as pessoas não paguem esse preço alto devido aos interesses mesquinhos e gananciosos (que estão exorbitantes), enquanto essa maneira não surge vou explicar melhor esta opção, inclusive pelo motivo de haver um outro ponto importante descrito em outro texto que informo no final deste.

De forma resumida vemos que o mercado cobra mais alto porque existe quem paga, se existe quem paga é porque há dinheiro, se há dinheiro o mercado torna seus preços maiores, e quase inacessíveis porque aparecerá quem pagar, e isto vem acontecendo “sem fim”. E muito disso em grande parte pela falta de conscientização e atitudes.

Agora vamos imaginar o cenário com a redução do dinheiro disponível e analisar (para esclarecer, esse cenário que comento sobre redução do dinheiro circulante pode ser conseguido de maneira relativamente simples, ele se baseia na redução da carga diária de trabalho para melhor autonomia do profissional quanto a atividades pessoais e melhoria da qualidade de vida, além do reposicionamento do mercado profissional e social como um todo).

Se a pessoa não tiver dinheiro não irá pagar alto, se o mercado não encontrar quem compre irá se adaptar e rever seus processos de custos e responsáveis pelo valor de comercialização. Este mercado sendo pressionado se verá frente a redução da demanda, ocasionada pela falta inicial do dinheiro, e deverá reverter o cenário estudando como reduzir seus valores. Inicialmente a produtividade irá redirecionar-se, caindo por um lado para crescer logo depois em um processo paralelo em busca do melhor preço para o cliente, revisando naturalmente toda a cadeia envolvida entre a matéria prima e a disponibilização dos bens ao cliente.

Com esse processo concluído o preço retornaria a um nível mais justo, o que consequentemente aumentaria a demanda por parte mercado consumidor, aumentando a demanda aumentaria a produtividade. Ou seja, o ciclo de demanda e oferta para as necessidades se adaptaria sozinho, acrescido da conscientização imposta as pessoas para encontrar o melhor destino ao seu dinheiro.

A opção que oferece a oportunidade do profissional reduzir seu horário de trabalho é interessante, como ideia geral o profissional teria mantido o seu valor por hora de trabalho, porém, com menor tempo de atuação na empresa, este ao se deparar com tempo ocioso poderia buscar novas oportunidades para crescimento profissional ou pessoal, além disso, com a redução do valor/mês ele se obrigaria a direcionar os ganhos para o que realmente é necessário. Esse cenário de redução do valor de recebimentos mensais seria apenas em um cenário imediato, naturalmente ele poderia aumentar os ganhos com atividades extras.

Com a opção de trabalhar menos que 8 horas diárias o profissional terá a oportunidade de encontrar novas maneiras de melhorar sua qualidade de vida ou mesmo empregar de maneira comedida as horas extras para incrementar o orçamento. Ou apenas nos momentos em que desejar ter gastos acima do rotineiro, como viagens, reformas, cursos de especialização, etc.

De volta ao cenário de precificação, uma das coisas que me espanta nesse mercado, por exemplo, o de luxo, onde muitas vezes os preços são altos apenas “por ser” (mesmo onde há serviços especiais que quase nunca explicam o valor cobrado, e já pesquisei) é que os valores são direcionados as suas respectivas Brands e o mercado consumidor adquiri algo que representa exatamente o que? Acho que isto poderia ser melhor trabalhado e de maneira mais sensível ao que representa valor agregado. Uma das vertentes das Brands renomadas é direcionar parte dos lucros para ações sociais e ecológicas, porém por que não são todas que fazem isso? Será falta de expertise? Creio que não.

E compreendo que quem tem mais e pode pagar mais por algo, que este tenha a oportunidade de agir dessa maneira, também está tudo bem, mas poderia fazer isso em produtos que fazem mais pelo todo.

Um método de rápido impacto, no que envolve as Brands que querem cobrar mais pelo seu produto e as pessoas que podem pagar mais, seria atribuir um percentual de arrecadação maior para esses produtos especiais sendo que a arrecadação teria destino a vertentes sociais mais precárias (com possibilidade de serem corretamente fiscalizadas). Uma forma de atribuir esse critério aos produtos especiais pode se basear em casos em que o valor de comercialização for superior a 4x seu valor de custo, assim é possível que tanto quem pode cobrar como quem pode pagar passe a contribuir para que o dinheiro seja aplicado em matrizes de fundo de melhoria do bem social. Não quero ser demagogo, quero apenas lembrar que em cenários em que o todo está melhor, há benefícios aos demais, resumindo em melhoria de caráter geral na sociedade. Os mais ricos continuarão sendo mais ricos, porém também serão mais responsáveis (mesmo gastando bem acima do necessário).

Esse cenário com dinheiro circulante menor ocorreria apenas em um primeiro momento porque depois de um breve período ele retornaria ao mesmo volume devido características do cenário capitalista, eu idealizei essa visão cíclica para demonstrar que alguns movimentos de conscientização ocorrem somente por motivo de força maior.

Será preciso que fatores assim se tornem presentes para que os consumidores, atuantes e pensantes, possam atuar de forma a obter maior benefício desse mercado? (o mercado pode regular-se automaticamente, mas isso não quer dizer corretamente).

E siga recomendações para evitar que você desperte apenas quando algo crítico acontecer ou que você já não possa mais decidir para onde destinar seu caro rendimento profissional: evite ao máximo pagar juros; se envolva em tarefas que lhe dão prazer; cuide do bem estar familiar e social; se distancie do supérfluo (a menos que você possa). E que no futuro isso ajude a melhorar o índice de responsabilidade social.

Após pensar sobre esse assunto, veja também o tópico que se une a essa vertente: Repensando o cenário profissional com melhoria social e qualidade de vida.

[Crédito da Imagem: Responsabilidade Social – ShutterStock]

Autor

Atuante em tecnologia, processos, metodologias e adquirindo experiência com as áreas do conhecimento, Pensando no hoje, no amanhã e como chegaremos lá melhor. http://br.linkedin.com/pub/fabio-oliveira/55/b0/959/

Fabio Oliveira

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