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Cozinhando em banho-maria

publicado por Alberto Parada

Cozinhando em banho-mariaPara quem já ouviu o termo apenas nas conversas de troca de receita da vovó, cozinhar em banho-maria é uma técnica de cozimento à base de calor indireto, utilizada no preparo de alimentos que não podem entrar em ebulição.

No sentido figurado, encontrar essa técnica nas corporações para conseguir eliminar pessoas indesejáveis é muito comum. Geralmente é utilizada pelos novos ocupantes das posições de liderança que se sentem ameaçados quando chegam em um ambiente onde ele não é o dono da situação.

Depois de assumir a posição e fazer um minucioso mapeamento dos componentes da equipe, não é raro o novo gestor concluir que o time funcionaria muito bem sem a sua presença, porém assumir isso para a diretoria seria colocar em risco a sua posição.

Trocar os membros que tem mais notoriedade e reconhecimento de todos na empresa sem uma justificativa muito forte, apenas porque eles aparecem e são mais ouvidos com certeza é mostrar fraqueza e medo.

A melhor maneira de conseguir eliminar os que são uma ameaça é cozinha-los em banho-maria, dessa maneira não se coloca fogo diretamente mas, com o tempo, os forçará a sair ou a cometer um erro que justifique seu desligamento.

Como a predominância pela gestão por truculência ainda predomina na maioria das empresas, esperar do líder maturidade para ter a humildade e sabedoria necessária para trazer o time para o seu lado e faze-los desempenhar ainda mais, na maioria das vezes, é um sonho distante demais da nossa realidade.

A solução para esse tipo de problema é mais simples do que parece, mas dá trabalho. Começa pela definição consciente do perfil do profissional pelo requisitante. Mas não apenas uma descrição de função técnica para constar nos formulários. É necessário saber quais características pessoais o candidato deve ter para gerir, com sucesso, a área.

Somente é possível definir o perfil do novo líder conhecendo-se bem o time que irá recebê-lo. Uma boa opção é identificar na corporação profissionais que possuam sinergia com a equipe promovendo-os a líder. Mas se a única alternativa for trazer alguém de fora, tome cuidado.

Analise a experiência do profissional em situações semelhantes e busque validar em suas referências como foi seu desempenho.

Um paradigma importante deve ser quebrado: para se ter sucesso com a escolha é preferível que o líder tenha mais afinidade com a equipe do que com o seu chefe, ouse! Ao invés de ficar apenas com as avaliações do RH e da diretoria, permita que os candidatos sejam avaliados pelo time. Com certeza é preferível ter um candidato cozido em banho-maria do que correr o risco de perder um time inteiro.

Autor

Fundador do : descomplicandocarreiras.com.br

Alberto Parada

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