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2014: Ano de dinossauros nas janelas ou responsividade web – Parte II

publicado por Carlos Roberto Miranda

2014: Ano de dinossauros nas janelas ou responsividade web – Parte IIO relatório semestral WebShoppers, da E-bit, divulgado neste mês (03/2014) apresentou os números do e-commerce brasileiro referente ao ano de 2013 e a tendência para 2014.

Nele, podemos conhecer que em um universo com mais de 20.000 lojas digitais que operaram no e-commerce brasileiro em 2013, o faturamento foi de R$ 28,8 bilhões, equivalente a 28% maior que o valor nominal do ano anterior ou seja, 2012, com o número de e-consumidores únicos elevando-se para 51,3 milhões.

Os 10 itens mais comercializados, conforme o relatório, foram:

  1. Moda & Acessório: 19%;
  2. Cosméticos e perfumaria – cuidados pessoais e saúde: 18%;
  3. Eletrodomésticos: 10%;
  4. Livros / Assinaturas e Revistas: 9%;
  5. Informática: 7%;
  6. Telefonia e Celulares: 6%;
  7. Casa e Decoração: 6%;
  8. Eletrônicos: 5%;
  9. Esporte e Lazer: 5%;
  10. Brinquedos e Games: 3%.

A mesma publicação ainda contempla os 6 itens que obtiveram redução de preços:

  • Moda & Acessório = -7,7%;
  • Telefonia/Celular = -7,32%;
  • Fotografia = -6,12%;
  • Eletrônicos = -5,43%;
  • Informática = -0,7%;
  • Esporte e Lazer = -0,62%.

O índice médio da queda dos preços, no período de 01/2013 a 01/2014, foi de -1,78%.

Observe que da lista com redução de preços, o item Informática teve apenas – 0,7% de baixa, enquanto que o item Telefonia/Celular atingiu – 7,32%, itens que podemos associar diretamente ao Mobile commerce (m-commerce) ou na sua tradução literal “comércio móvel”, e este é um ponto que merece destaque no relatório em função do rápido crescimento obtido entre 2010 e 2013, auxiliado pelo barateamento nos serviços de banda larga no Brasil além das fortes quedas nos preços destes dispositivos. Veja o crescimento nas vendas por acessos m-commerce:

01/2010 = 0,0%; 01/2011 = 0,1%; 01/2012 = 0,8%; 01/2013 = 2,5%; 12/2013 = 4,8%.

É óbvio que com estes números a tendência para 2014 é de que muito mais lojistas passe a disponibilizar acesso aos websites de suas lojas a partir destes dispositivos, pois no item “Canais Integrados: as lojas conectadas”, o relatório mostra um painel entre as 14 grandes redes que operam tanto lojas físicas quanto lojas digitais (websites de e-commerce), onde se pode verificar o seguinte quadro atual:

De 14 redes analisadas, todas possuem um websites de e-commerce, porém 6 delas não são páginas web responsivas ou seja, o website destas lojas ainda não estão preparados ou não respondem favoravelmente a acessos via dispositivo mobile; dessas que não possuem website responsivo 3 delas também não possuem aplicativo Android e ainda, das 3 que não possuem website responsivo e nem aplicativo Android 2 (duas) delas também não possuem aplicativo iPhone.

Com os números acima podemos concluir que, das 14 redes de lojas analisadas na pesquisa, duas delas atendem um público exclusivamente por acesso de computadores fixos (desktop) e que 42,85% (6) das lojas analisadas não estão preparadas para receberem acessos mobile.

O número de lojas analisadas certamente não nos pode fornecer uma visão real do universo responsivo existente na web atualmente ou do que ainda se precisa desenvolver para atender a demanda mobile que está aí e está crescendo, mas ao menos nos responde com números a pergunta que eu questionei no meu artigo anterior, quando procurei orientar o leitor a testar a responsividade de alguns websites na Internet, visto o grande número de dispositivos mobile atualmente nas mãos de muitos consumidores ávidos a se tornarem m-consumidores (m-consummers).

Mas, se contudo, entre as maiores ainda encontramos pouco mais da metade ou seja, 57,15% das redes com websites responsivos, que dirá se forem analisadas a responsividade dos websites das médias e das pequenas lojas do varejo brasileiro? Lógico que iremos encontrar percentuais bem menores de plataformas e aplicativos atualizados responsivamente e aí é que mora o risco nos negócios.

Estamos então passando por um momento de oportunidade única oferecida a um desenvolvedor web com projetos responsivos. O mercado mobile está batendo às portas do desenvolvimento responsivo e isto é facilmente argumentado pelo crescente e contínuo volume nas transações realizadas com dispositivos móveis entre 2011 (0,1%) e 2013 (4,8%) e a queda real de -7,32% no preço do item Telefonia/Celular conforme vimos.

Portanto, o interesse de quem que procura um desenvolvedor web atualmente é para acompanhar um público que atualmente tem o poder de compra na palma das mãos, do mais simples celular ao mais poderoso e sofisticado smartphone passando ainda pelos tablets, que busca adquirir o seu interesse de consumo pela maneira mais cômoda, prática e segura possível, então é  preciso desenvolver responsivamente, para que a web não se torne um mundo de janelas jurássicas (ver artigo anterior – Parte 1).

Todos os dados aqui apresentados, com exceção dos percentuais das lojas com websites responsivas, foram extraídos do relatório webShoppers 2014 – 29ª Edição, da E-bit.

[Crédito da Imagem: Mobile Commerce – ShutterStock]

Autor

Consultor de TI e atualmente divulgando as lógicas de estrutura e dinâmicas da EH (Essência Humana), de autoria própria. http://www.crmtreinamento.blogspot.com.br crm@crmtreinamento@yahoo.com.br

Carlos Roberto Miranda

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