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ITIL na Prática

publicado por Frederico Aranha

ITIL na PráticaEm um dos tópicos do nosso grupo no LinkedIn, Café com ITIL, um colega postou o seguinte:

Imagino que quando buscamos uma certificação, sempre existem aquelas perguntas “Qual o diferencial que terei me certificando em ITIL?”, “Como as empresas implementam o ITIL?”, “A certificação é realmente um diferencial?”, “Quais os certificados que são mais levados em consideração num momento de contratação?”, e por ai vai. Vejo certificações que nem sabia que existiam… OSA, ISO, Prince.

Comecei a estudar ITIL e achei um tema super interessante mas não conheço ninguém que use na prática, e com isso não sei se é considerado tão importante pelo mercado. Apenas vemos algumas pessoas pelo LinkedIn utilizando o nome ITIL e tal.

Achei pertinente as colocações e vou tentar abordar todos os pontos mencionados e aproveitar a oportunidade para escrever meu primeiro artigo tanto no blog do nosso grupo, Café com ITIL, como aqui na TI Especialistas.

Em primeiro lugar, certificações servem para oferecer ao mercado a garantia de que o profissional detém determinados conhecimentos e estes conhecimentos foram verificados por uma instituição. Digamos que eu esteja na China e ninguém conheça a empresa brasileira onde construí minha carreira. Tudo que tenho e que é global e reconhecido pode ser minha certificação ITIL Expert. Por si só já é uma garantia, embora outras sejam muito necessárias, sendo a principal experiência de trabalho.

Sobre “implementar” eu começaria dizendo que não acredito que “implementar” seja a palavra adequada. Sempre que penso em implementar algo penso em desenvolvimento de software. Com ITIL temos as melhores práticas mapeadas em livros, elas são claras, podem ser modificadas se necessário, mas não são como um software nem serão criadas do zero. Prefiro utilizar a palavra “implantar”, porque vamos pegar um conjunto de melhores práticas e implantar estas em um ambiente que já está vivo, mas provavelmente não está sendo gerido de uma forma aderente às melhores práticas.

E como as empresas implantam ITIL? Implantar ITIL, que é gestão de serviços, requer um projeto. Um projeto oferece uma entrega única e tem um tempo de vida finito, diferente dos serviços geridos por uma empresa de prestação de serviços. Aí entra algo que falarei em outro artigo, mas precisamos entender que para implantar ITIL teremos de fazê-lo por meio de um projeto. Este projeto deve ser elaborado a partir das necessidades da empresa. Geralmente as empresas optam por iniciar a implantação das melhores práticas do ITIL pela área de operações. Uma empresa de Call Center iria implantar ITIL, seguindo esta lógica, na operação diária de recebimento de chamadas. Como? Mapeando os processos já existentes na organização, fazendo uma leitura direcionada dos processos constantes nos livros do ITIL e adaptando os mesmos ao ambiente de trabalho da empresa alvo. Isto falando muito por cima, certo?

Sobre os certificados levados mais em conta na hora da contratação, isso depende. Vai de empresa para empresa. Mesmo sendo ITIL Expert eu já tive dificuldades em me encaixar em grandes empresas porque ainda tenho 28 anos e não tenho o perfil sênior que determinadas vagas exigem. A certificação é importante, mas o fundamental é ter a experiência necessária para a vaga pretendida. Algumas vão exigir a experiência e a certificação, mas tudo depende da empresa e da vaga. É muito difícil criar uma regra geral.

Para finalizar este artigo, quando o colega diz que “não conhece empresas que usem na prática” o ITIL eu achei interessante e foi esta frase em especial que me motivou a escrever este texto. ITIL é um conjunto de melhores práticas, ou seja, as empresas já  utilizam determinadas práticas para gerir suas operações e a prestação dos serviços. ITIL é o conjunto das MELHORES, ou seja, aquilo que já foi validado por organizações relevantes e é comumente utilizado por quem entende de gestão de serviços. Querendo ou não, toda empresa de prestação de serviços de TI utiliza de certa forma o que está no conjunto de melhores práticas. A diferença está na forma e na aderência, porque a maioria deixa que os processos se desenvolvam de forma orgânica ao invés de gestá-los.

Correções, ajustes e melhorias no texto podem ser feitas pelos membros do grupo e leitores! Somos abertos e estamos sempre prontos para crescer e melhorar 🙂

Obrigado.

[Crédito da Imagem: Boas Práticas – ShutterStock]

Autor

Pós-graduado em Gestão de Projetos de TI pela PUCRS, PMP®, ITIL® Expert e experiente Gestor de Projetos. Sou co-fundador da empresa de cursos de gestão Site Campus. Email do autor: frederico.aranha@sitecampus.com.br. Conheça o Site Campus: www.sitecampus.com.br.

Frederico Aranha

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