Quando se pensa em planejamento estratégico, logo vem a vontade de desistir, pois isso representa intermináveis discussões e reflexões sem fim. Só de pensar em montar cenários e ficar imaginando coisas que talvez nunca aconteçam é mesmo desanimador.
Se você precisar pensar em estratégias e estiver buscando uma fórmula para não investir tanto tempo, experimente o Canvas. O Business Model Canvas é resultado de anos de pesquisa liderada por Alexander Osterwalder e cocriado com cerca de 500 autores que pagaram para participar de sua elaboração. O modelo colaborativo está no DNA da metodologia, que por sinal é gratuita e não pode ser cobrada. É possível dar cursos e consultoria, mas o acesso à metodologia é livre. O resultado desse trabalho é o livro Business Model Generation, sucesso de venda na Amazon.
A metodologia Canvas, quadro em inglês, permite descrever, desenhar, desafiar e inventar o seu modelo de negócios, seja ele novo ou já existente. O quadro é separado em nove blocos integrados e é possível ver numa folha de papel como a empresa funciona. É prático, simples e eficiente. Assista a entrevista com o consultor Marcelo Pimenta, que exercitou ao vivo a construção do Canvas do Programa Alma do Negócio – a partir de algumas perguntas estratégicas.
Por ser uma ferramenta estratégica e empresarial inserida na proposta 2.0 de cocriação e compartilhamento, vem se tornando uma febre entre os empreendedores, por conta do apoio que o Sebrae Nacional vem dando para que os pequenos e micro empresários criem ou repensem seus modelos de negócios. Para iniciar a prática siga as dicas da cartilha elaborada pelo Sebrae.
O modelo pode ser utilizado por qualquer área ou organização que necessite de planejamento estratégico. Imagine a área de negócios da empresa definindo seus fluxos com a aplicação do modelo e podendo contar com a parceria da TI em sua execução. As chances de retrabalho, de desgaste e ruídos de comunicação devem se reduzidas consideravelmente se as perguntas de cada bloco forem corretamente respondidas.
Os nove blocos trazem diversas perguntas não muito fáceis de serem respondidas, mas é justamente esse o segredo da metodologia. Não deixar passar nada. Existe uma tendência nas pessoas a sempre deixar de lado o que é mais difícil ou não enxergar algo extremamente estratégico.
Exemplo de um Canvas dividido em 9 blocos
Um exemplo é a diferença entre um recurso e um parceiro estratégico. Se o que você necessita independe da empresa que fornece, pois é tipo “Arroz Tio João”, o arroz será um recurso. Mas se você precisa de um arroz integral diferenciado para um prato especial, o teu parceiro/fornecedor será estratégico.
Essa visão fica clara ao aplicar o modelo. Nesse caso os blocos ajudam, pois são integrados e se resumem (em uma tradução livre) em:
Quais são seus stakeholders
Qual a sua proposta de valor
Quais são os canais
Qual o tipo de relacionamento com o cliente
Como seu negócio gera valor
Quais os recursos exigidos
Quais as principais atividades para operacionalizar o negócio
Como está definida a rede de fornecedores
Quanto custo operar todo o negócio
Nesse modelo o uso de post it como na imagem é um recurso bastante prático, pois é possível construir e descontruir seu modelo.
Com tantas perguntas claro que o modelo se mostra mais complexo, mas é na forma de enxergar e responder as perguntas que está a simplicidade. Não é por menos que grandes empresas adotam o modelo Canvas. É o complexo transformado em simples e esse vídeo de 2 minutos mostra isso.
Se você gostou e quiser saber mais, segue o site http://www.businessmodelgeneration.com/
[Crédito da Imagem: Sucesso – ShutterStock]
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