Em nosso último texto falamos a respeito das falhas que têm sua origem na implantação. Pouco antes da implantação temos outro ponto crítico para a qualidade em TI: a homologação pelo Usuário ou Cliente.
É a sua satisfação que sustenta a decisão pela implantação!
O que ele precisa em tempo de homologação é perceber a qualidade do software!
O que tenho visto nas organizações nesta ocasião é um debate desalinhado. O Usuário ou Cliente alertando que o prazo de implantação está chegando, que o lançamento do produto ou serviço já tem data comprometida, que não consegue perceber quais os riscos que enfrentará na produção, etc. O pessoal de TI questiona que não sabem até que ponto os Testes de Usuário foram completados, se todos as funcionalidades, todas as entradas e saídas foram validadas, se os resultados foram aprovados e assim por diante.
Uma discussão que mais parece uma “Torre de Babel”, onde cada um usa uma linguagem diferente e ninguém se entende!
A qualidade do produto ou serviço, em geral é abstrata e para que possa ser percebida, precisa ganhar corpo, ser materializada, ser quantificada, traduzida em indicadores que atinjam as expectativas do usuário ou cliente. E ainda mais, é preciso que estes indicadores falem a linguagem do “Business”, que é a razão do projeto de software.
O que proponho é que homologação não é teste – há que se transformar os Testes de Usuário em um Serviço de Homologação de Software, uma atividade de Validação , de Aceite.
Sou a favor de que o Usuário ou Cliente não deve testar o software. Isso já foi feito pela equipe de TI. A atividade de validação é o aceite e deve focar a constatação dos resultados de todos os testes efetuados anteriormente Significa que:
Além disso, estas evidências devem ser submetidas a uma análise que resulte na visibilidade da qualidade do software a ser implantado em produção.
A visibilidade da qualidade do software deve ter a aparência de um relatório de exceção, onde são reportados:
Parece tudo muito simples, não é mesmo?
Sim, desde que algumas providências e cuidados sejam tomados:
Assim o Usuário ou Cliente, com este reporte, terá a visibilidade da qualidade do software, dos riscos a enfrentar durante a implantação e em produção, dos planos de contorno / mitigação que pode acionar e poderá suportar a sua decisão pela implantação ou não munido de argumentos qualificados e quantificados.
No próximo texto vamos falar de um processo auxiliar à Prevenção de Falhas em produção: Qualidade em TI – O processo de pré-produção.
[Crédito da Imagem: Usuário – ShutterStock]
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