Turismo em alta exige campanhas direcionadas de marketing

A Copa das Confederações, entre os dias 15 e 30 de junho, deve trazer ao país milhares de turistas, num ensaio para a Copa de 2014. Pensando nas diversas possibilidades que se abrem para o turismo brasileiro nesta década, o Ministério do Turismo desenvolveu o Plano Aquarela 2020, com estudos sobre o mercado e um conjunto de ações previstas para o período, com foco especial para os grandes eventos internacionais que o Brasil sediará, especialmente os esportivos – Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016.

No entanto, o turismo foi uma das áreas mais afetadas pela Internet. Uma pesquisa encomendada pela Amadeus – empresa de sistemas para o mercado de turismo -, realizada em seis diferentes mercados (Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Índia, Rússia e Brasil), mostra os comportamentos dos viajantes online e os novos desafios para as agências de turismo, que precisam desenvolver estratégias específicas para esse cenário se quiserem sobreviver no mundo digital.

Entre vários indicadores, o relatório aponta que o viajante brasileiro que programa sua própria viagem é cada vez mais comum, especialmente por conta das possibilidades de consulta que a Internet proporciona. Porém, ao contrário dos outros países pesquisados, os brasileiros pesquisam em mais de uma fonte para decidir sobre o destino, especialmente os blogs de viajantes, onde podem encontrar as impressões de quem já experimentou determinado serviço ou produto turístico.

Nada menos que 53% dos viajantes fazem consultas online para programar suas viagens, seja lazer ou negócios. No fundo, o que o relatório aponta é que hoje os consumidores estão mais precavidos, consultam e pesquisam empresas e consumidores, especialmente nas redes sociais, antes de tomar uma decisão.

Pensando nas novas qualificações que o mercado exige do mercado de turismo, a Associação Brasileira de Agências de Viagem (ABAV), em parceria com o Sebrae, lançou uma cartilha  dedicada aos agentes de viagem, que recomenda ações de marketing direcionadas como uma forma de quebrar os paradigmas do setor e oferecer novos produtos e serviços.

O relacionamento com o consumidor deve ser pautado pela transparência. Isso significa não só aumentar os esforços para agradar o cliente como, principalmente, eliminar as letrinhas miúdas que muitas vezes acompanham as promoções. Empresas que adotam essa postura, frequentemente, conseguem identificar oportunidades onde antes só existiam reclamações.

A atualização e direcionamento do mailing das agências de turismo é crucial na prospecção e faz toda a diferença no posicionamento da empresa. Uma campanha com foco no produto X para um público que não se identifica com ele é um desperdício de tempo e dinheiro, além de comprometer a imagem da agência, porque pode irritar o consumidor e passar uma imagem de inadequação da empresa.

Vale lembrar que este é um setor fortemente calcado em sensações, experiências. Imagine, por exemplo, um jovem, universitário, recebendo uma campanha de uma excursão voltada ao público da terceira idade, ou vice-versa, e pense na impressão que essa agência vai causar em quem recebe a mensagem. Por isso, as principais questões que devem estar na pauta de um planejamento eficiente de marketing são segmentação, direcionamento e bom senso no uso das ferramentas de prospecção.

O turismo é a bola da vez nesta década, e o mercado deve profissionalizar-se cada vez mais para atender à crescente demanda. As metas devem ser traçadas passo a passo, e agora é hora de programar as ações para o período de férias, que já está aí.  Sua empresa está pronta?