A era do intelecto

Já faz algum tempo que não apareço por aqui. Mas é por bons motivos: projetos e mais projetos. Mas a boa nova é a constatação de uma ideia que venho desenvolvendo há algum tempo. Gostaria de compartilhar essa ideia e ver se você concorda.

Os projetos que venho desenvolvendo tem uma constante: excelentes produtos de software, muita gente envolvida e pouco bom senso. Ai pensei, o que será que acontece no reino das pessoas? Gente que fala sem pensar, sem ter noção das consequências para sua própria imagem e carreira. Então desenvolvi uma tese maluca sobre a maturidade das coisas:
Nos anos 90 vivemos a era do product ware. Nessa época quem tinha o melhor produto era o máximo. O melhor CRM, o melhor ERP, a mais completa suíte de soluções, telas, telas, campos e muitos campos, algoritmos, banco de dados, etc.

Nos anos 2000, vivemos a era do people ware. Nessa época quem tinha equipes completas, seniores, plenos, juniores à disposição dos seus projetos era o melhor. Consultorias com milhares de consultores, disputas milionárias por serviços, baseados em postos de trabalho eram mais comuns. Gente, gente e mais gente, quase sempre mal preparada para assumir as responsabilidades e gerar os resultados.

Peraí, nem super sistemas e nem gente em quantidade apontaram para uma gestão de excelência das empresas? Qual seria então o ovo de Colombo? Pois é, roda, roda roda e caio na mesma conclusão: falta de maturidade e comprometimento corporativo.

Deveríamos, mas não estamos ainda, na era do intellectual ware. Agora se fazem necessárias pessoas que saibam escolher, tomar decisões fundamentadas em perspectivas, gerar um ambiente limpo, claro em torno de si, com métodos simples de comportamento e estabilidade emocional. Não mais quantidade, mas qualidade, não mais especialidades, mas generalidades que agregam pessoas e soluções compartilhadas para gerar resultados.

E como tenho tido dificuldade em encontrar os tais intelectuais! Quem sabe a teoria de Charles Darwin se fará presente e sobrarão vivos somente quem é mais zen, ou vamos todos enlouquecer de ansiedade no imediatismo dos bits e bytes. Eu eihn, sai deste corpo que não te pertence!!!!

Até a próxima pessoas…