Até pouco tempo, ser nerd era algo negativo, um tipo de comportamento que só rendia gozação por parte dos outros. Ler gibis e jogar videogames eram coisas de criança. Passar o dia sentado na frente do computador? Que sacrilégio! Vestir fantasia para uma partida de RPG, então, era assinar o atestado de óbito social.
No entanto, isso vem mudando. De suas garagens, nerds como Steve Jobs e Bill Gates montaram impérios e ficaram bilionários. Nos cinemas, estudiosos como Steven Spielberg viraram sinônimos de bons filmes e grandes bilheterias. E, enfim, as histórias em quadrinhos, que tanta gente nem queria chegar perto, passaram a ser a principal fonte de inspiração para Hollywood.
Vivemos hoje em novos tempos. Os nerds de ontem são os líderes de hoje, e usufruem do todo o estudo e o foco que só eles sabem dedicar a um assunto para criar os produtos que toda uma geração quer ter em mãos o quanto antes. São eles que fazem os filmes que levam multidões aos cinemas e movimentam centenas de milhões de dólares nos lançamentos de jogos para videogames, hoje a maior indústria do entretenimento.
Este domínio financeiro, logicamente, reflete também na mudança de comportamento. Hoje é possível ver nas ruas meninas vestindo camiseta do Guerra nas Estrelas (Star Wars) e fazendo filas para ver filmes de fantasia, como O Hobbit, com o mesmo interesse dos rapazes.
E, para acabar de vez com qualquer problema dos nerds, surgiu o sinônimo, com ar menos pejorativo, por vezes, até descolado: geek. Agora, quem tem uma estante cheia de “bonequinhos”, usa sua TV de dezenas de polegadas para jogar o último game e curte zumbis está “in”.
Ser nerd sempre foi gostoso. Ser nerd é se importar com algo a ponto de querer saber tudo sobre aquele assunto, mas, também, compartilhar este conhecimento. Por isso que ser nerd nunca foi tão bom quanto agora.
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