Este artigo tem o propósito de apresentar alguns dos possíveis benefícios do WMS e assim colaborar para que as organizações possam criar soluções aos desafios de armazenagem, localização e expedição de mercadorias, gerando com isso vantagens competitivas em seu mercado agilizando a tomada de decisões e melhorando o nível de serviço prestado ao cliente.
Introdução
Os processos logísticos e de suprimentos estão cada vez mais complexos devido ao grande volume de operações, a diversidade de modalidades, as diversas origens das operações, a velocidade em que se precisam atender as demandas, a globalização e a proximidade que os fabricantes e fornecedores têm hoje com os consumidores finais, vide por exemplo, a expansão dos fabricantes e fornecedores nas redes sociais.
Figura 01 – Exemplo de Processo Logístico Clássico.
Para se ter uma idéia dessa mudança, uma década atrás, um consumidor final aceitava aguardar semanas para receber sua compra, desde que houvesse alguma vantagem como preço e/ou qualidade excepcional por exemplo, mas hoje, especialmente com o advento das operações comerciais oriundas da internet (e-commerce, B2C) o grande diferencial, além do preço e qualidade, é a velocidade na entrega. Os grandes varejistas já se adaptaram a essa realidade e atualmente realizam entregas muito rápidas, em alguns casos a entrega ocorre no mesmo dia da compra ou em 24 horas.
Figura 02 – Exemplo da nova proposta de mercado para o Processo Logístico – incluindo venda direta ao consumidor, sem distribuidores e varejistas.
Diante de um cenário complexo e dinâmico como esse, as organizações perceberam que seus Sistemas Integrados de Gestão (ERP) que foram desenvolvidos para integrar, controlar, gerenciar e planejar a organização como um todo, não dispunha de mecanismos eficientes para o gerenciamento específico de seus armazéns e centros de distribuição, organizando e orientando a empresa sobre a forma mais eficiente de separar e despachar um pedido, otimizar a alocação do espaço nos armazéns (que em muitos casos é caríssimo), planejar e organizar o recebimento de mercadorias, gerir de forma eficiente a capacidade de seus recursos (pessoal e maquinário) para entregar os pedidos com a velocidade demandada pelo mercado. Da busca por um software que atendesse essas lacunas deixadas pelo ERP surgiu o WMS.
Figura 03 – Exemplo de um armazém e operações realizadas no armazém.
WMS – Warehouse Management System
O WMS ou Sistema de Gerenciamento de Armazéns surgiu da necessidade de gerar melhorarias nos processos de um centro de distribuição ou armazém. Trata-se de uma tecnologia utilizada para integrar e processar as informações de localização das mercadorias, controlar a utilização da capacidade de mão-de-obra, planejar detalhada e minuciosamente os níveis de estoque, gerenciar processos de inventário, explorar ainda mais tecnologias móveis relativas a códigos de barras e RFID como coletores de dados para dinamizar as operações, emitir relatórios para auxiliar no gerenciamento do armazém, dentre tantas outras funcionalidades. Um dos pilares do WMS é a redução de custos e melhoria na operação visando a otimização de todas as atividades operacionais (fluxo das mercadorias) e administrativas (fluxo de informações).
O WMS integra a cadeia de suprimentos (SCM – Supply Chain Management) e atende procedimentos de rotação dirigida de estoques, seqüenciamento de atividades operacionais, diretivas inteligentes de picking (Picking é a atividade responsável pela correta coleta dos produtos e quantidades na área de armazenagem), consolidação automática de saldos, processo de inventário, recebimento de materiais, separação de pedidos, transferências de estoque, FIFO (First in first out – em português PEPS – primeiro que entra é o primeiro que sai) e cross-docking (Cross-docking é o processo utilizado na distribuição de produtos com alto índice de giro – esses produtos não chegam a ser estocados, apenas transitam no armazém indo do recebimento para a separação e despacho, sem passar pelo processo de armazenamento) de forma a maximizar o uso do espaço do armazém.
Uma das premissas do WMS é a priorização de uma determinada tarefa em função da disponibilidade de um funcionário integrando tanto a informação da localização das mercadorias que precisam ser consideradas no armazenamento ou no despacho como a localização do funcionário no armazém. Desta forma o WMS aumenta a produtividade e ajuda na percepção da necessidade de aumento ou diminuição do quadro de funcionários em relação às tarefas que precisam ser realizadas no armazém.
WMS como vantagem competitiva para organizações
Figura 04 – Exemplo de Mapeamento de um Armazém Logístico (ruas, prateleiras, box, mercadorias, etc).
É possível dessa forma, através de um WMS, estabelecer vantagens competitivas, obter ganho na produtividade, economia de tempo nas operações de armazenamento, despacho, embarque, desembarque, transporte e estocagem de mercadoria e ainda controlar o estoque de produtos no seu armazém conhecendo assertivamente onde está localizado cada item, pallet, volume, lote, caixa, peça, SKU (SKU – Stock Keeping Unit – em português “Unidade de Manutenção de Estoque” – designa os diferentes itens do estoque normalmente associado a um código identificador) ou Número de Série em particular.
Figura 05 – Exemplo de Processo automatizado com WMS usando coletores de dados e etiqueta externa que considera todos os itens que estão dentro da caixa.
De forma a evidenciar clara e objetivamente que um WMS pode ser utilizado para obter vantagem competitiva, destacamos abaixo alguns dos principais benefícios suportados por um WMS, segmentando os benefícios por processos de negócio, a saber:
Processo de Recebimento
Processo de Armazenamento
Processo de Picking
Processo de Linha de Produção
Processo de Expedição
Processo Gerencial
Concluindo, é possível identificarmos além dos benefícios apresentados acima muitos outros benefícios e se o WMS for bem implementado pode garantir vantagens competitivas às organizações em relação a seus concorrentes, criando um diferencial competitivo que trará mais assertividade, redução de custos, melhorias significativas nas operações de gerenciamento de armazéns e centros de distribuição, conseqüente aumento no nível de serviço prestado aos clientes e melhor utilização dos espaços físicos.
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