Segurança da Informação

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Por que o backup é tão maltratado nas empresas?

publicado por Paula Papis

Um dos processos mais importantes da gestão de TI, a tarefa de reter cópia de informações vitais das empresas não parece receber a devida atenção dos gestores de TI. No discurso, todo mundo diz que tem, mas na prática…..E a história sempre se repete: na hora do sufoco, isto é, quando precisam restaurar os arquivos perdidos é que o assunto vem à tona.

O primeiro ponto de atenção que percebo é quanto à motivação. Falar de backup é um pouco como acordar no sábado e decidir arrumar a casa. Todo mundo sabe que precisa, mas não quer se ocupar com isso. Sejamos francos! Todo mundo quer abraçar projetos que garantam visibilidade e possam levar reconhecimento de suas competências – se possível até fora da empresa. Em razão disso, vejo no dia-a-dia , o backup no mesmo balaio de outros processos de TI e normalmente sob a gestão de alguém já assoberbado por outras responsabilidades.

Por outro lado, tenho acompanhado um movimento de empresas fazendo o outsourcing completo de seu processo de backup, passando toda a gestão a cargo de uma empresa especializada. Nesse modelo, entram todos os recursos (HW, SW e pessoas) permitindo ao gestor “esquecer” do problema e cobrar um determinado resultado. Surgem, então, outras questões: como escolher um fornecedor, como garantir que terei “mesmo” um bom nível de serviço, como definir qual é SLA adequado por área de negócio etc.

Em ambos os casos, uma boa análise de retorno do investimento (ROI) pode tirar o backup do fundo da cozinha e colocá-lo na sala de jantar. E ,quando falamos de ROI, não é só nas questões hipotéticas de quanto custará a operação de sua empresa ficar parada por perder informações. É descer aos detalhes do “hoje”: quanto está custando hoje fazer um processo de baixa qualidade? Quanto conseguiríamos melhorar investindo o mesmo valor (que sejam alguns indicadores, tempo de restore, por exemplo)? Às vezes, a resposta é mais simples, uma questão de querer, de motivação. Nesse caso, como diz o ditado: o ótimo é inimigo do bom.

Independente do caminho a seguir, cuidando dentro ou fora de casa, é fato que o backup deve voltar urgente à pauta das discussões centrais do gerenciamento de TI, antes que o problema aconteça.

Autor

Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Católica de São Paulo, com Mestrado em Ciência Política pela mesma universidade. Possui MBA em Gestão Estratégica de TI pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo e certificações COBIT, ITIL e SOX. Mais de 10 anos de experiência em Gestão de TI e Telecom tendo desenvolvido projetos em diversos tipos de empresas, no Brasil e exterior. Atualmente trabalha como gerente de produto para uma integradora de TI e ministra aulas em universidade em São Paulo

Paula Papis

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