Durante a nossa caminhada corporativa, as atitudes definem a direção e o resultado dos nossos esforços. Falar de atitudes rapidamente nos remete ao que temos intrínseco em nossa personalidade e na exposição de nossos sentimentos pessoais mediante situações que somos submetidos.
Uma pessoa nunca irá demonstrar ter exatamente a mesma atitude que a outra, pois sua personalidade a irá guiar em suas atitudes.
Se pensarmos em princípios e valores morais como uma forma de padronizar as nossas atitudes, podemos ser enganados por nossos próprios conceitos, pois valores morais possuem pesos diferentes.
Para uns a ÉTICA é um valor essencial, para outros a AMBIÇÃO é tão ou mais importante quanto.
Esta diferença nos leva a um dilema que todos passam ou um dia passarão e devem decidir, consciente ou inconscientemente: “ESPELHO OU VITRINE?
A vitrine mostra tudo aquilo que queríamos ter: “Roupas modernas, um corpo perfeito, destaque e desejo. Estar dentro da vitrine”
O espelho mostra tudo aquilo que não queríamos ter: “Um estilo do cabelo, roupa fora de moda, sem vida e inexpressivo. Está ruim isso, está ruim aquilo”.
Mas há um detalhe importante em tudo isso, o espelho mostra a realidade. A realidade pode ser boa ou ruim, e isso depende de como você encara o seu reflexo. Já a vitrine possui produtos deixados em posição e condições atrativas, com uma luz focada e forte em cima do melhor do produto, e cada detalhe que é mostrado na vitrine parece se encaixar perfeitamente em nossa vida. E mesmo sem precisar, talvez possa pensar: “É disso que eu preciso!”, quando na verdade aquilo não tem a mínima importância em sua vida.
Este pode ser um laço perigoso para nossa vida pessoal e profissional.
Transferindo isto para o mundo corporativo, podemos traduzir algumas situações que exemplificam isto.
A vitrine mostra tudo aquilo que queríamos ter: “Um ótimo emprego, metas alcançadas, progresso e destaque profissional. Tudo em perfeita harmonia.”
O espelho mostra tudo aquilo que não queríamos ter: “O meu emprego não é bom, minha familia é desunida eu não cresço e não estou onde gostaria. Minha vida está um caos”.
O crescimento profissional de um colega de trabalho rapidamente pode se tornar um cenário de vitrine, quando isto acontece, o espelho se torna secundário e dá lugar a um mundo de ilusão, que se faz perder os valores morais e pessoais, dando lugar a sentimentos ocultos e até então intocados.
O espelho que possuia um único objetivo, mostrar a realidade, passa a mostrar um ser potencializado de qualidades “heróicas” em um cenário perfeito, ou seja a vitrine.
Neste momento, o indivíduo deixa de olhar para si e passa a olhar para sua ilusão. Isso o leva a certeza de que sua imagem verdadeira está expressa na vitrine, e seus conceitos o levam a inversão de valores.
Este cenário pode se tornar catastrófico, pois a falta de consciência de seus defeitos e potenciais irá levá-lo a ruína.
Isso não significa que não podemos olhar para a vitrine, mas a linha que separa o espelho da vitrine é tão tênue que poderá facilmente levá-lo a atravessá-la.
Se você atravessá-la, valores que foram alcançados com muito exercício e esforço serão facilmente perdidos.
Para alcançarmos o sucesso, é importante entender que o sucesso não está no tempo dedicado e no desejo de olhar para a vitrine, mas na capacidade de materializar o ser visto em um espelho de expectativas, realidades e sonhos.
Olhe para frente, viva dentro da capacidade e planeje o seu crescimento.
Repense seus valores, avalie suas atitudes.
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