TI Corporativa

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A Tecnologia da Informação e Projetos de Sustentabilidade

publicado por Roni Martins

É extremamente positivo, e, também um grande sinal de Despertar de Consciência Ambiental e Social, o fato de investidores, empresários, executivos e dos diferentes profissionais que pensam e/ou executam projetos em todo o mundo, que a cada ano esteja se ampliando esta preocupação com o desenvolvimento sustentável, desenvolvimento que visa atender necessidades atuais sem comprometer a possibilidade de gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades (Wikipédia), prevendo a integração entre economia, sociedade e meio ambiente e, portanto, considerando nos seus projetos o atendimento das necessidades de todas as partes interessadas, ou seja, fazer acontecer, mas garantindo o cuidado com as pessoas ,o cuidado com o planeta, da mesma forma com que cuidamos da nossa casa, e cuidados com todos os demais seres vivos, isto independentemente da área de conhecimento que estejamos a atuar e/ou da área de negócios que a empresa esteja operando.

Porém, entendo que a pressão da sociedade e o fato dos cidadãos estarem repensando seus requisitos de compra de produtos e serviços baseados, também, no processo de produção sustentável, têm contribuído para a ampliação da consciência sobre o tema. Outra realidade que tem ajudado é o fato que as empresas com responsabilidade social e ambiental passam a exigir que seus fornecedores e parceiros de negócios façam o mesmo e, com este movimento em cadeia , muitas organizações, principalmente as médias e grandes e/ou as que competem no âmbito internacional ou que possuem preocupação com a imagem, são levadas a reflexão sobre o seu processo de produção de bens e serviços e de como atuar, de forma sistemática e continuada, em conceber e executar ações que objetivem eliminar e/ou reduzir os níveis de agressão ao meio ambiente e/ou utilização de bens não renováveis no seu processo produtivo.

Dentro desta realidade a TI tem muito a contribuir e não estou pensando somente no fato da TI estar presente em todos os locais da empresa ou mesmo na TI Verde, ou seja, em medidas para economizar energia, está comprovado que 15% a 20% por cento do consumo de energia de um prédio vem dos equipamentos de TI, consumo de papel, deixamos criar a cultura de impressão sem necessidade, pois em muitos casos bastaria gerar o material em .PDF e distribuir ou guardar. Outra possibilidade é a preocupação com a escolha dos insumos, modos de descarte dos resíduos, e demais recursos computacionais em relação à agressão ao meio ambiente, mas também em garantir que a TI seja um agente ativo na organização na busca de soluções e inovações de tecnologia da informação e telecomunicações voltada, também, a este importante aspecto do negócio.

Com isto a TI poderá estar pensando em virtualização de servidores, Cloud Computing, Thin Client, Outsourcing de processos, infraestruturas inteligentes, troca de monitores baseados em tubos de raios catódicos por monitores LCD, em concepção de sistemas de comunicação de dados sem fios, na otimização no uso dos servidores existentes, já que pesquisas indicam que mais da metade da capacidade dos servidores é desperdiçada (subutilizada). Outra questão é que a TI de cada organização normalmente não assume a responsabilidade e não desenvolve politicas com relação ao descarte de produtos eletrônicos (lixo eletrônico) da empresa, indo grande parte para os lixões e aterros sanitários ou entregue para empresas que reaproveitam partes dos componentes, onde já se configura um avanço, mas que muitas vezes não possuem processos adequados e/ou certificação para descarte dos resíduos. Em outras situações as empresas desenvolvem politicas de doação de equipamentos com baixo poder de processamento, recursos fora do seu processo produtivo, para entidades sem fins lucrativos, tendo, inicialmente, o objetivo de apoiar projetos sociais e com isto a empresa doadora acaba por reduzir custos de descarte que seriam de sua responsabilidade, delegando o processo de descarte sem o devido monitoramento com relação ao cumprimento das exigências com relação à legislação ambiental.

A grande surpresa para as empresas , estamos falando de organizações públicas e privadas, é que o olhar mais critico para os seus processos, agora dentro da ótica da sustentabilidade, tem conduzido, fatalmente, ao encontro das oportunidades de melhorias e desperdícios e, na sequencia, com a adequação destes mesmos processos, dos insumos e recursos utilizados, chegam a redução dos custos operacionais, redução na geração de resíduos e na redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE), traduzindo que o investimento em projetos de sustentabilidade podem levar a otimização dos processos e, consequentemente, a melhoria do resultado financeiro. Outra questão a ser considerada por quem faz o investimento é que sustentabilidade tem o poder de colocar nova proposta de valor nos mercados onde a empresa poderá estar competindo e, neste caso, já estaríamos falando de sustentabilidade como ativo intangível.

Autor

Um dos 100 IT Leaders 2012, venho atuando há mais há mais de vinte anos no mercado, em empresas de grande e médio porte, na função de executivo de TI e executivo ligado a Gestão Organizacional, ocupando os cargos de Gerente de Tecnologia da Informação , Gerente Qualidade, Diretor de Tecnologia da Informação e Consultor Organizacional. Atualmente, outubro de 2012, procurando uma nova oportunidade de trabalho na região Sul, mais precisamente em Porto Alegre e/ou região metropolitana de POA.

Roni Martins

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