Carreira

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O que é mais importante o “status” ou relacionamento com a equipe

publicado por Luiz Eduardo Improta

Deu para notar que gosto de abordar em meus artigos temas do nosso dia-a-dia.  Estava lendo em uma revista, uma reportagem da professora Alison Fragale, da Universidade da Carolina no Norte, Estados Unidos, que explica que cultivar boas relações de trabalho faz mais sentido do que a pressa em ser promovido e adquirir “status”. Você concorda com ela?

Para falar a verdade, ao terminar de ler o artigo comecei a indagar-me sobre a importância do “status” para o profissional. E acabei concordando com ela, pois o “status” é um lugar virtual onde o indivíduo ocupa provisoriamente, com data de validade, isto é, só afeta uma pessoa. Mas o relacionamento com a equipe não, envolve todos e é duradouro. Tanto para o bem ou não. Dificilmente alguém perde a confiança da equipe e a retoma, logo podemos anotar a primeira lição: cuidado com o que semear, pois vai colher justamente o que plantou, mais dia menos dia.

A dificuldade de administrar um “status” e o relacionamento é muito grande. Todos os dias, desde o primeiro dia de trabalho é uma batalha a ser vencida. Tanto para o gestor como para o colaborador. O gestor porque é o alvo de todos e ainda tem de administrar politicamente seu “status” de ter um cargo de confiança na empresa. O colaborador de se posicionar perfeitamente, senão os demais o colocarão de lado.

O maior desafio tanto do colaborador quanto do gestor para ser reconhecido é o realizar algo que ninguém consegue e para isto tem de ser bom naquilo que faz. Alguns perdem a linha nesta etapa e acabam atropelando as relações interpessoais profissionais, destruindo um bom relacionamento com a equipe e com isto, logicamente, fica mal visto perante todos. Agora não vem com essa que “para mim o que importa é somente meu trabalho”. Se pensar assim, vai ficar marcando “passo” a vida toda. Costumo dizer as minhas filhas que todos precisamos ter ambição na dosagem certa. Pois se tiver muita, ficará “cego” e acabará fazendo coisas erradas para atingir seus objetivos (cuidado com a frase: “os fins, justificam os meios”) e pouca ou nenhuma ambição tornará a pessoa uma “mosca morta”, sem objetivo na vida. Mas a ambição nunca pode passar por cima de nossas relações e amizades, pois com certeza um dia verá que não valeu pena.

Por fim, cheguei à conclusão que a professora estava muito certa ao afirmar que o relacionamento pessoal é à base do crescimento pessoal na profissional. Pois aquele indivíduo que se acha uma “estrela” e quer chegar ao topo da “pirâmide” sem relações fortes com a equipe, certamente terá uma surpresa, pois até a força tem seus limites e é dependente de resultados. Lembre-se que o maior patrimônio de empresa são seus profissionais, que levam a empresa onde a alta administração traçou. Olha para o corpo humano, a máquina mais perfeita do mundo feita por Deus, o que seria do cérebro se não fosse os demais membros? O corpo de uma empresa tem de trabalhar como uma orquestra de forma harmoniosa e firme. O “status” pode ser passageiro, mas um relacionamento profissional, que pode vir a ser uma “amizade” ou até mesmo um simples “networking”, pode lhe render bons frutos no futuro além de serem duradouros e porque não dizer: “até que a morte os separe”, sem nenhum exagero.

Autor

Sou profissional com mais de 30 anos de experiência desenvolvida em empresas do setor "outsourcing" em TI e Segurança da Informação. Com 2 Pós graduações e 1 MBA na área de TI e diversas Certificações em Segurança e Tecnologia da Informação, dentre elas: COBIT 4.1, ITIL v2 e v3, ISO27002, CCSA/CCSE, experiência na área comercial, Coach de líderes e analista comportamental C-VAT. Meu link no "linkedIn": http://br.linkedin.com/in/limprota007

Luiz Eduardo Improta

Comentários

3 Comments

  • Concordo plenamente com o que foi dito no artigo, entretanto no paragrafo de conclusão você fala “Lembre-se que o maior patrimônio de empresa são seus profissionais”, e ai me vem uma pergunta, vejo muito profissional reclamando que a empresa não o reconhece como deveria, e nesta situação o relacionamento interpessoal fica desgastado e acabam surgindo as famosas “alfinetadas”, neste caso ele deve partir para outra ou chamar a diretoria para uma conversa franca? Parabéns pelo artigo.

    • Bruno primeiramente obrigado pelo comentário. Agora te respondendo: isso não existe uma receita de bolo, pois cada caso é um caso. Primeiramente você dificilmente chegará a Diretoria para discutir uma questão salarial ou de promoção, seu Gestor direto tem esta incumbência. Agora, falar sobre esse assunto, sugiro primeiramente antes de chamar seu gestor, tem fatos concretos que o levarão a pelo menos levar o caso adiante. Ter tempo de empresa não conta muito, tem de ter destaque. E outra coisa mais importante e real: a grande maioria das empresas, só te darão aumento caso seja o veja como “o cara” e tendo uma proposta para sair. Cuidado com blefes (dizer que vai sair somente para tentar um aumento ou posição melhor), pois já vi casos em que a empresas aceitou de volta, que não aceitou e ele ficou desempregado. Resumindo: sempre o melhor caminho é o diálogo, mas faça por merecer pelo menos o seu Gestor pensar, se não, isso valerá nada. Abraço,

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