Cloud Computing

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Arquitetura de projetos (Soluções) de virtualização

publicado por Victor Rocha
Nos tempos de hoje, é praticamente impossível encontrar algum cenário em organizações que não possuem sequer uma solução de virtualização. Seja ela um hypervisor, uma solução de segurança, ou até mesmo disponibilidade de seu legado de forma web. Em minha experiência em projetos de virtualização, identifiquei que existem alguns pontos que precisamos melhorar, na verdade, existem algumas barreiras a serem quebradas e algumas dificuldades que nossos consultores precisam sanar. Enumerei alguns pontos críticos que acabam dificultando, ao meu ver, o sucesso de um projeto:

  • O Sponsor não conhecer realmente o quer (e o que precisa);
  • O consultor não ter total conhecimento do ambiente que será implementado;
  • Size e Capacity Plan mal desenhado;
  • Utilização de framework adequado;
  • Problemas de comunicação entre equipes técnica (Ex: DBA, Aplicações,Projetos, Segurança).

É muito comum encontrarmos oportunidades de projetos em que a organização mal conhece sobre o que se trata uma solução de virtualização, e muitas vezes o que nos pede não é exatamente o que ela precisa. Como consultor, acredito que devemos sempre mostrar o melhor caminho para nossos clientes, mesmo que este seja um caminho de um projeto bem menor e de menos rentabilidade.

É bastante comum também que, por “moda” do mercado, as organizações busquem uma solução de virtualização e quando conhecem toda a necessidade para que a mesma seja implementada se assustam, e pensam em até desistir de sua aquisição. Posso dar a vocês vários exemplos de casos que já enfrentei com este cenário, e na maioria das vezes a organização tem a procura de uma solução, por exemplo, de desktops virtuais, VDI, solução na qual vem crescendo absurdamente no mercado de TI brasileiro, porém quando é esboçado um rápido desenho técnico, essa mesma empresa revê totalmente esta necessidade, por conta de um bom investimento que será necessário em infraestrutura para suportar toda a solução, como storages, blades, route/switch entre outros, tornando esse projeto um tanto quanto custoso. É nessa hora que defendo a boa atuação de consultor em virtualização, seja ele especialista da solução X,Y ou Z. É neste momento que o consultor deverá fazer as perguntas certas, conhecer realmente a necessidade desta organização, e levá‐los ao caminho certo, pois talvez a real necessidade desta oportunidade seria uma solução de virtualização de aplicativos, por exemplo, que por sua essência necessita de uma infraestrutura bem mais enxuta do que uma solução de VDI, por se tratar de recursos sob demanda, que em futuro artigo falaremos de cada tecnologia e suas funcionalidades.

Acredito que um bom consultor, conhecedor de seu mundo de atuação, deverá ter o feeling do que a oportunidade demanda, e é encontrado esse veredicto através de perguntas certas em reuniões, através de aplicação de provas de conceito, ou até mesmo em acompanhamento da usabilidade do parque tecnológico daquela organização, com apenas isso, é possível direcionar qual a solução mais adequada àquela oportunidade, e é possível também planejar um crescimento da empresa e o bom aproveitamento de todo investimento já feito e que será realizado também.

Após termos a direção de qual solução de virtualização seguir, seja do fabricante, X, Y ou Z, devemos tomar o máximo de cuidado em relação ao size e ao capacity plan deste projeto, em outras palavras, é necessário que o consultor realize um trabalho de pré­‐vendas excelente que, se possível, e de extrema recomendação, utilize algum framework adequado para esse tipo de projeto. É neste momento que será apontado qual a infraestrutura necessária para suportar toda a solução, onde saberemos qual o nível de contingência e a proporção de crescimento desta solução. Costumo dizer, e acredito fielmente, que este é o momento mais importante do projeto, e também podemos dizer que é o mais chato – há quem não ache – pois é realizado um trabalho totalmente burocrático, de uma série de análises, de criação e documentações, inúmeras reuniões e em alguns casos, é necessário acompanhar a usabilidade do usuários final, através de relatórios e as vezes acontecem até algumas entrevistas, para sabermos a dificuldade que enfrenta em seu trabalho e em que pontos podemos melhorar. É onde, também, poderemos dar ao certo o cronograma total de implementação do mesmo, com pontos críticos e data de término do projeto.

Baseado nas experiências que obtive em minha carreira, sob respaldo do fabricante que sou especialista, utilizo um framework focado em soluções de projetos em virtualização, que é segmentado basicamente em 4 etapas, que são: Análise, Desenho, Construção e Produção. Então podemos entender que todo o trabalho citado acima, de exclusividade de uma pré‐venda enquadra‐se nas etapas de Análise e Desenho, como já citados, é um trabalho totalmente burocrático, cercado de documentações e análises técnicas. Apenas após a entrega da etapa de desenho é que a “brincadeira” de implementação é iniciada. Como já comentado, esta é a fase mais importante de um projeto de virtualização, é na etapa de desenho que é entregue à equipe ou ao analista de projeto o documento com os fundamentos técnicos para implementação. É através deste fundamento que o analista terá conceitos para iniciar a parte técnica, com instalações, testes e entrega de solução. Em meus projetos, costumo ter dois documentos básicos, um de desenho (PPI – Projeto Prévil de Implementação) e um técnico (PFI – Projeto Final de Implementação).

Através do PPI, o analista de projeto terá toda a base técnica para implementação, e este mesmo documento é totalmente validado com a organização sob suas expectativas e após o término da implementação, é entregue o PFI, documento no qual é apresentado todas as características técnicas do projeto, para que a equipe responsável pela vida útil desta implementação tenha base de sua arquitetura e construção.

Já participei de projetos, que quando entregue a mim, já havia realizado boa parte da etapa de desenho, como aquisição de licenças do software para a implementação, porém, não foi realizado o size deste projeto e a infraestrutura de servidores e storages adquiridos não eram o suficiente para atender a demanda desejada. Desta forma, foi necessária uma parada do projeto para realização de toda análise e desenho do mesmo, sob a dificuldade de já termos pré­‐estabelicido toda a infraestrutura, tivemos que remanejar algumas funcionalidades para atender as expectativas da organização, com isso tivemos atrasos na entrega do projeto, porém tudo foi atendido dentro dos conceitos técnicos. Citei este exemplo apenas para ressaltar a importância desta etapa, análise e desenho são o coração de um projeto de virtualização.

Outro problema que é passível de acontecer, acredito que não somente em projetos de virtualização, é a falha de comunicação entre áreas envolvidas do projeto, como por exemplo, um projeto de virtualização de entrega de aplicativos, que muitas vezes é necessário interação entre as áreas de banco de dados, aplicação, redes, segurança, por conta da instalações dos aplicativos, de suas bases de dados, de acessos externos e outras necessidades características. É de extrema importância uma presença marcante de gerente de projetos e do entendimento da função desta nova implementação para com todos os envolvidos, por isso acredito que, inicialmente, é interessante uma reunião de kick off com todos esses envolvidos, e todos pontos críticos sejam discutidos, e a cada entrega de trabalho seja realizado um feedback a todos, assim os riscos de problemas por falta de comunicação é menor. Tudo isso pode ser atendido com integração de framework de mercado, como por exemplo, como o já citado neste artigo e o PMI.

Todos esses pontos citados são experiências que já tive e ações que tomei e surtiram efeito, porém não é basicamente uma regra, são apenas boas práticas que podem facilitar e dar eficiência ao gestor de projetos e/ou analista de projetos de virtualização.

 

 

Autor

Dedicado últimos 10 anos de trabalho no segmento de TI, com ampla experiência na execução de projetos complexos e críticos em vários locais nacionais; Especialista em Soluções Citrix, formado em 2006 e pós graduação em Gerência de Projetos, cursando MBA em BPM com ênfase em SOA, com experiência em arquiteturas de Projetos em TI. Atuante como Gerente de Projetos Citrix e Analista de Requisitos BPM, palestrante e professor universitário. Linkedin: http://www.linkedin.com/in/rocvi07

Victor Rocha

Comentários

2 Comments

  • Ai Vitão, muito bom esse artigo heim, esta de parabéns meu amigo… Acho que todos deveríamos seguir as melhores práticas, elas não existem por acaso, estão lá por algum motivo.

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