Cloud Computing

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Você sabe identificar o que é uma nuvem?

publicado por Kleber de Souza Pinto

Venho acompanhando o mercado de tecnologia e muito se fala em utilização da nuvem, mas sempre me deparo com gerentes de TI e CIOs que ainda não sabem diferenciar de forma correta os sistemas de virtualização de servidores e de computação em nuvem. Vamos entender as diferenças fundamentais.

Como funciona

A nuvem é um agrupamento de servidores que estão acessíveis ao público através da Internet. Esses servidores são geralmente de propriedade e gerenciados de um provedor ou datacenter. As máquinas podem executar sistemas operacionais diferentes. Esses computadores trabalham em paralelo, combinando os recursos de cada um para gerar capacidade computacional comparada à de supercomputadores.

Esta arquitetura em nuvem é bem simples, embora seja necessário um gerenciamento inteligente para conectar todos os computadores e atribuir o processamento de cada tarefa. Tudo começa com a interface vista pelos usuários e assim que selecionem uma tarefa ou serviço. O pedido do usuário é passado para o gerenciamento do sistema, que disponibiliza os recursos necessários.

A chave para o conceito de computação em nuvem é a automação de muitas tarefas de gerenciamento. O sistema em que é necessária intervenção humana para alocar os processos aos recursos não é uma nuvem e sim um sistema comum hospedado em um datacenter e baseado no modelo cliente / servidor. Para que o sistema possa atingir o status de nuvem, todas as tarefas de gestão devem ser substituídas por processos automatizados.

Ao adquirir um servidor na nuvem, o usuário recebe um servidor virtual, que pode estar funcionando em qualquer ponto do mundo. O usuário não tem como saber exatamente onde o servidor está sendo executado. Na verdade, os dados do usuário podem ser armazenados em um ou mais dos computadores utilizados para criar a nuvem. Como a nuvem gerencia dinamicamente os recursos disponíveis, o local de armazenamento real pode variar de dia para dia ou até mesmo minuto a minuto, mas independente da sua localização real, o usuário vê uma localização “estática” para seus dados e pode gerenciar seus recursos, como se o seu servidor estivesse ligado em sua rede local.

O armazenamento em nuvem tem vantagens financeiras e de segurança associadas. Financeiramente, os recursos virtuais na nuvem são normalmente mais baratos que os recursos físicos dedicados. Quanto à segurança, os dados armazenados na nuvem estão em um ambiente menos propenso contra a exclusão acidental ou falha de hardware, uma vez que os dados são mantidos continuamente, a nuvem continua a funcionar normalmente, mesmo que uma ou mais máquinas fiquem desligadas. Se ocorrer uma falha da máquina, os dados são acessados por outras máquinas na nuvem sem que o usuário perceba que houve uma falha na estrutura física.

Modelos de implantação

Nuvem privada

A infraestrutura de nuvem é utilizada exclusivamente por uma empresa. Pode ser gerenciada pela empresa ou pelo provedor da infraestrutura.

Nuvem pública

A infraestrutura de nuvem é disponibilizada ao público em geral e é de propriedade de uma empresa, o provedor, que vende esses serviços.

 Nuvem híbrida

A infraestrutura de nuvem é composta por uma parte pública e outra parte privada, dentro de uma mesma estrutura física.

Características essenciais

Para que possamos considerar um serviço prestado na internet como serviço em nuvem, esse serviço deve possuir cinco características básicas. São elas:

  1. Autosserviço: O consumidor tem à disposição a qualquer momento o poder de disponibilizar processamento, memória e espaço em disco, de forma automática, sem a necessidade de interação humana dos funcionários do provedor.
  2. Amplo acesso à rede: Os recursos devem estar disponíveis através da rede e podendo ser acessados por qualquer dispositivo que tenha acesso à internet, sejam esses dispositivos fixos ou móveis.
  3. Reserva de recursos: Os recursos do provedor tem que estar disponíveis para atender os diversos consumidores que tem diferentes necessidades de recursos que devem ser distribuídos e redistribuídos de acordo com a necessidade dos clientes. Esses recursos incluem armazenamento, processamento, memória, banda e máquinas virtuais.
  4. Elasticidade: Os recursos do provedor devem ser alocados de forma rápida e elástica e liberados da mesma forma para que outros consumidores possam se aproveitar deles. Para o consumidor, os recursos do provedor devem parecer ilimitados para que sejam adquiridos na quantidade e no momento desejados.
  5. Medição do serviço: Os sistemas em nuvem controlam e otimizam a utilização dos recursos automaticamente. A utilização desses recursos tem que ser monitorada e disponibilizada para que os consumidores tenham a clareza do que foi utilizado.

Conforme mostrado, para que possamos entender um sistema como computação em nuvem, ele deve cumprir todos os requisitos especificados, caso contrário, temos apenas um sistema virtualizado.

De forma breve, espero ter conseguido esclarecer as dúvidas conceituais mais comuns sobre como saber se o sistema que está sendo utilizado é ou não um sistema de computação em nuvem.

Autor

Formado em Ciência da Computação, MBA em Gestão Empresarial e Sistemas de Informações pela Universidade Federal Fluminense, Especialização em Técnicas Comerciais pela Fundação Dom Cabral, Especialização em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas. Tem 13 anos de experiência no ramo de Tecnologia da Infomação nas áreas de infraestrutura, redes e segurança. Hoje atua como Especialista em Arquitetura de Soluções para ambientes de missão crítica no maior grupo de datacenters, atuando em 38 mercados estratégicos em todo o planeta. E-mail: kleberspinto@gmail.com LinkedIn: http://www.linkedin.com/in/kleberspinto

Kleber de Souza Pinto

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