Gerência de Projetos

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A documentação de validação de projetos em TI

publicado por Denise Dinucci

Sempre me questiono, se uma assinatura do Cliente, validando um documento, é garantia suficiente contra os infortúnios que ele mesmo poderá produzir dali pra frente no projeto entregue.

Sempre lembro com frequência das Leis de Murphy:
– “Só se descobre uma grande falha depois de 6 meses de uso de um programa”. Dentre outras, essa é uma constatação frequente.

Existem procedimentos que devemos seguir para que minimizemos os problemas, mas não existem procedimentos para que os resultados de uma determinada rotina ou processo sejam avaliados de forma adequada pelos usuários.

Com este panorama tentamos através de assinaturas em documentos específicos, garantir de alguma forma que fizemos a nossa parte. Isso garante alguma coisa?

Bem, garante apenas que o Cliente concordou com o que fizemos. Mas e a parte dele?

Depois de um custo emocional e financeiro para se chegar num bom resultado implantado, o Cliente pode operar e gerir inadequadamente o sistema e dizer que deixamos lá uma “bomba relógio”? Afinal, nós e os Clientes estamos em busca de culpados, ou em busca de resultados?

Outro ponto: É tão enfadonho seguir uma metodologia, quanto gerar as documentações necessárias.

Consumimos muito tempo gerando um cronograma de atividades e no resultado final as atividades acabam sendo realizadas de acordo com a disponibilidade dos usuários, ou seja, sempre fora das datas definidas.

Eliminar a metodologia? Claro que não, mas segui-las fielmente não é fácil, pois muitos produtos de TI (se não todos) são tão intangíveis, que temos dificuldades em prever todos os desvios e circunstâncias. Até mesmo, porque, muitas vezes, o Cliente não sabe exatamente o que quer obter como resultado.

Entretanto, validar formalmente, avaliando o cenário atual, onde muitas vezes encontramos pessoal de caráter duvidoso, ela é necessária tanto quanto o oxigênio é para a sobrevivência de todos.
Infelizmente, situações equivocadas, entendimentos equivocados, armadilhas até, devemos nos tornar profissionais cada vez mais prudentes em relação à documentação e a sua validação no projeto. E não é fácil, pois um desvio de entendimento poderá gerar novas situações embaraçosas.

Ainda assim, volto à questão do bom relacionamento com o cliente. Se tivermos boas alianças, tudo se resolve de forma saudável, na maioria dos casos.

Mas considero como requisito número um na implantação de um sistema: observar no Cliente quem comprou o projeto e quem são os seus adversários internos. Interpretar e perceber adequadamente isso pode fazer toda a diferença.

Autor

Sou formada em Administração de Empresas pela Universidade Paulista, especialista em Engenharia de Software pela Universidade de São Paulo - SP e especialista no sistema ERP - TOTVS há mais de 10 anos. Atualmente sou Gestora de Projetos da Empresa Delta Consultoria executando atividades pertinentes ao cargo, como planejamento, organização, direção, controle, execução e desenho de soluções sistêmicas.

Denise Dinucci

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