A geração Y pode ser a mais produtiva?

Não há dúvidas de que a evolução tecnológica dos últimos 20 anos afetou completamente o sistema cognitivo desta geração. As novas tecnologias estão transformando a linguagem, trazendo um novo conceito na produção individual que é a conectividade.

Todo processo de troca de informações, agora está sendo adaptado às conveniências pessoais, pois o acelerado ritmo de vida transformou completamente a forma das pessoas estabelecerem suas prioridades. Vivemos um tempo onde as conexões assumiram conceitos sociais profundos e onde se busca o desenvolvimento de ferramentas que permitam suprir a intensa expectativa por comunicação e relacionamento.

Os jovens que nasceram neste período tiveram o privilégio de desenvolver uma grande intimidade com toda tecnologia de conectividade, e, portanto, se apresentam muito mais preparados para extrair todo potencial desse novo comportamento.

Certamente a geração Y é a mais conectada da história, mas isso a torna mais produtiva?

Não necessariamente, afinal a produtividade está associada ao eficiente uso dos recursos, e muitas vezes isso não acontece por causa da dispersão que surge na gigantesca quantidade de informações e também nas inúmeras possibilidades de escolhas. Ou seja, a tecnologia proporciona uma espetacular superficialidade em tudo e esse é o maior risco para a produtividade dos jovens.

Hoje é possível se conectar sem se comunicar, o que compromete completamente o entendimento dos processos. Também é possível realizar múltiplas tarefas simultaneamente, graças às inúmeras janelas na tela do computador, o que certamente afeta a eficiência na realização das tarefas, uma vez que amplia o risco de falhas.

A melhor forma dessa geração contribuir com a produtividade é com capacidade de inovação, que pode surgir com a exposição a uma maior quantidade referências, contudo, se tudo for tratado com superficialidade, há sempre o risco de se ter conhecimento de uma informação sem associar seu significado. E isso sempre é improdutivo.

Estamos no tempo das escolhas e das consequências, onde devemos ser sempre estratégicos, inovadores e flexíveis. Para ser produtivo, o jovem precisará escolher muito bem onde deve ser menos superficial.