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Decisões tomadas de forma simples

publicado por Alvaro H. Beckerig, PMP

Um amigo conversava comigo e falava que as decisões na empresa onde trabalha são sempre tomadas de duas formas: ou demoram muito para serem avaliadas ou as decisões saem porque alguém simplesmente vislumbrou o desdobrar da coisa e deu a solução, como um sonho vívido. Seria esta a maneira correta de tomar decisões em empresas de TI, já conhecidas no mercado como lugares inóspitos onde cronogramas de projetos estão sempre se sobrepondo, equipes se estressam e muito se promete, mas pouco se cumpre?

Todo mundo tem um momento na carreira em que precisa tomar decisões, muitos paradigmas incrustrados em seu cérebro ou padrões emocionais podem fazer com que você se atrapalhe quando for decidir algo. Disfarçar emoções inerentes e tentar agir só pelo racional nessas horas não é o remédio para resolver situações e acertar o que fazer, as emoções são necessárias para a tomada de boas decisões. O que você tem que fazer é criar sua própria metodologia de tomada de decisões que funcionem em conjunto com seus gatilhos emocionais. Se você for um gerente de projetos tem que propagar isso para seus colaboradores adaptando o processo segundo singularidades de cada membro da equipe.

Tudo começa da avaliação do seu problema, primeiro de tudo: é necessária uma decisão? Muitas pessoas não pensam nisso, mas há contextos em que decisões não são necessárias. Às vezes é um problema que pode se resolver automaticamente, ou como acontece muito: uma situação em que a solução necessária não tem que vir de você.

Se há necessidade de resolução ou tomada de decisão então a avaliação tem que ser eficiente: sua mente trabalhará em cascata e na maioria das vezes se você avaliou algo de forma incorreta, todos os critérios que virão abaixo dele para ajudar na resolução acabarão por atrapalhar ao invés de ajudar. Então anote que o primeiro passo é avaliar o problema sem superestimar, nem subestimá-lo – às vezes o que parece ser pequeno toma dimensões catastróficas no mundo corporativo.

A humildade é outro fator importante: lembre-se de que existem pessoas mais experientes e capazes que você, sempre. Um passo importante na tomada de decisões é o aconselhamento, ao conversar com outras pessoas você terá outra visão de sua situação e conseguirá enxergar mais claramente. Busque informações e filtre-as de maneira que atendam ao escopo do que você está fazendo.

Gastar menos tempo ao se preocupar com as situações e empenhar sua energia para tomar a decisão é o outro ponto essencial. Quantas pessoas você já não viu andando em círculos se lamuriando por algo? Aquela energia toda gasta no: “Putz, meu chefe pediu o relatório para daqui a meia hora…” tem que se convertida para a resolução do assunto e não para lamentações, sonhos ou em alguns casos que já ouvi falar, fugir do escritório enquanto pode.

E o mais importante de tudo: questione sempre suas decisões. Através de perguntas simples você pode ver se está tomando a decisão mais acertada ou não.  Você pesou todos os prós e contras da decisão? Você teria mais algum tempo para refletir o que adicionar nela? Os critérios utilizados na resolução estão certos? Você se certificou de que não existem outros critérios? Se conseguir responder a estas questões você tem como tomar decisões acertadas. Se não consegue faça uma iteração no processo e veja o que faltou.

Aí você me pergunta: e se a decisão tiver que ser tomada de forma rápida?

Um cenário: como as pessoas são salvas na emergência? Existem procedimentos que são seguidos para salvar uma vida. Esses procedimentos são decisões tomadas de forma simples e eficientes, por mais que sua execução (salvar uma vida) seja complexa. Estandardizar o padrão de tomada de soluções torna o processo intrínseco à equipe. Com isso a eficiência aumenta drasticamente.

Como citei no início: torne este processo decisório um método mental, quanto mais decisões você tomar melhor, sejam certas ou erradas, com todas há aprendizado. Aprenda com os erros e acertos dos outros também, avalie cenários. A experiência fará com que o método fique em simbiose com seu pensamento. Melhor do que o tempo: só a aplicação de algo que melhora com o tempo.

Autor

Alvaro Beckerig, PMP Especialista em gerenciamento de projetos na área de TI. Certificado PMP, PMI-ACP, PSM, MCTS, Six Sigma Green Belt, COBIT, ITIL e ISO20000. Acredito no uso criativo da tecnologia para gerar inovação. LinkedIn: Alvaro Beckerig Twitter: @alvarobeckerig

Alvaro H. Beckerig, PMP

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