Segurança da Informação

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A Segurança como parte da Cultura da Organização

publicado por Adriano Melo

Nos últimos dias os meios de comunicação deram grande destaque para as invasões hackers nos sites institucionais brasileiros, deixando serviços e servidores fora do ar, expondo de forma visceral toda a fragilidade dos sistemas de informação e proteção dos órgãos governamentais.

Decerto não é nem justo e nem verdadeiro afirmar que tal fragilidade é exclusividade do setor público. Muito pelo contrário. De uma forma geral as empresas, tanto públicas como privadas sofrem da mesma total inépcia dos seus responsáveis quando o assunto é segurança (vide o alvoroço que o Wikileaks causou no mundo, quando trouxe à tona informações sigilosas de governos do mundo todo, onde documentos classificados como confidenciais tiveram seu conteúdo divulgados na internet e disponíveis para quem quisesse ver).

Não estou me referindo somente à segurança da informação, cujas normas e procedimentos devem ser obrigatoriamente seguidos e fazerem parte de quaisquer sistemas de gestão, mas também, e principalmente, da segurança da empresa como um todo, haja vista que toda forma de acesso (físico ou virtual) não autorizado pode gerar problemas para a organização, colocando em risco toda a sua estrutura comercial e administrativa.

Desnecessário elencar aqui todos os problemas que tais brechas na segurança podem causar no dia a dia das empresas. Para isso o atento leitor está mais do que ciente e não se faz necessário tais apontamentos.
O que procuro destacar aqui e que, a meu ver, é completamente inexistente nas organizações, é o que chamo de Segurança Cultural, conceito este que, infelizmente, ainda é pouquíssimo percebido pelos gestores como parte essencial de qualquer organização, principalmente na área de Tecnologia, devendo figurar no mais alto grau de importância dentro do universo empresarial.

A definição que dou para Segurança Cultural nada mais é do que a consolidação de todas as políticas de segurança dentro do ambiente corporativo, tornando-as parte do patrimônio cultural da organização, e não somente instruções operacionais obrigatórias a serem seguidas, pois assim como se prega o ambiente de trabalho exemplar e tantos outros pontos a serem implantados em uma empresa, todos eles implícitos na Missão e na Visão desta, inclusive sempre e amplamente difundidos e seguidos por toda a organização, a empresa deve, também, trazer em seu cerne um conjunto de diretrizes organizacionais que contemplem a segurança como fundamentos da moderna administração, incidindo diretamente na maneira com que todos os seus colaboradores interagem entre si e com a empresa.

Embora seja premissa do cargo, a responsabilidade por consolidar a segurança como patrimônio cultural da empresa não deve ser somente do CIO, mas sim ser parte da matriz de responsabilidade de todos os integrantes da cadeia produtiva, pois qualquer direcionamento, mesmo aqueles top down, são muito mais respeitados quando são feitos ou demonstrados pelo exemplo do corpo diretivo, tendo reflexos diretos na forma com que todos os outros colaboradores assimilam e praticam tais fundamentos.

Destarte outras formas, a melhor maneira de consolidar uma política de segurança adequada, em harmonia com os preceitos modernos de administração e em sintonia com as regulamentações legais é torná-la parte da Cultura da Empresa, aquela que deve ser precípua à todas as outras, estando intrinsecamente ligada ao “Modus Operandi” da organização, ou seja, fazendo parte da cultura da empresa e, por isso mesmo, com um altíssimo valor agregado, onde sua aplicabilidade estará sempre acima dos interesses individuais.

Autor

Formado em Análise de Sistemas, Direito, MBA em Gestão de Projetos, cursos de formação em PMP, ITIL e COBIT e com passagem por grandes empresas Multinacionais dos mais variados ramos e com especialização (Mestrado - cursando) em Tecnologia, atualmente atuo como Gerente de Projetosde TI, com ênfase em Infra Estrutura e Sistemas. Também exerço a função de professor universitário, onde ministro aulas para a graduação e pós graduação na Anhanguera Educacional para as áreas de Gestão de Projetos, Gestão de Pessoas e Gestão da Qualidade Total.

Adriano Melo

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