Governança

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Inteligência Corporativa

publicado por Ivan Kallas

A vida moderna se torna cada dia mais complexa e desafiadora. Convergir pessoas, projetos, empreendimentos para resultados e qualidade, é meta constante. Maior desafio é encontrar caminho mais simples para soluções, tecnológicas ou não.

Em meados do século passado, um diretor corporativo afirmou que pouco sobrara para se inventar. Estava errado?. A dimensão da mecânica se esgotava. Cedia lugar aos Sistemas. Naquele mato não havia mais coelho. Tudo seria diferente. O homem reinventou a si próprio. Tudo está para se inventar mas em nova dimensão.

Nem foram mudanças mas quebra de paradigmas. Conceitos e aplicativos quânticos, bionanotecnologia, mecatrônica, realidade virtual, …, revolucionam o mundo. Bertallanfy, Teoria Geral dos Sistemas, desvendou tal mistério. Tudo mudou depois dele. Stephen Hawking, cientista tetraplégico, busca hoje outra liberdade: Estou preso numa cadeira de rodas. Mas minha mente é livre. Mostra que, por mais que o homem se transforme, tudo continua igual. Seja no próprio corpo, alma, ou através de um avatar.

Vivemos a Era da Informação. Galbraith prefere Era da Incerteza. Fundada na cibernética e tecnologia. Tudo está por inventar nesta Terceira Onda, sobrepujando Eras Agrária e Industrial pela Sociedade do Conhecimento. Nem definimos direito o que é. De que se trata. Mas precisamos viver nela e gerí-la. Nossa ignorância cresce na medida em que as informações se avolumam. Somos inventores. Melhor dizendo, vítimas. Tal a insegurança e transformações por que se passa a cada dia.

A Era Digital teria começado em 2002, quando o volume da informação digital superou a analógica. Martin Hilbert, USA e Priscila Lopez, Espanha, mediram 60 dispositivos de memória. Em 2007, a memória digital somou 295 exabytes (Inovação Tecnológica, 11/02/2011). Isto reúne 94% da informação planetária. Não é quase nada, afirmam, comparado com o DNA de um único ser humano. Correspondem a cerca de 1% deste registro biológico. Mas já é bom começo para uma Era que mal saiu do parto.

Alguns preferem ipods. Outros cultuam mainframes (grandes computadores, como o da UFMG, único de Minas à época). Ali a FIEMG processou o 1º banco de dados sobre bem estar (hoje IDH-ONU). Vieram os terminais. O downsizing democratizou informação, mas apavorou todos. Técnicos imaginavam perder controle e emprego. Usuários temiam que a máquina explodisse. Quando viu meu novo micro na empresa, um psicólogo se escondeu atrás da porta. Vieram internet, palms-nets-lap-tops, e-books, iphones… Implantamos sistema pioneiro de smart card para controlar transporte de dois milhões de usuários dia. Criamos portal para controlar 60 empresas transnacionais. Enquanto computadores do planeta operam em redes gerenciadas. Hoje formamos alunos de curso secundário para monitorar laboratórios de informática, perseguindo o programa OLPC. One laptop per children.

Enquanto isso a capacidade computacional cresce 54% ao ano. Senhores idosos autorizam metas e recursos. Mas para mudar a hora do celular precisam pedir ajuda dos netos. E a rede virtual promove revoluções reais no Egito, Líbia e outros países árabes.
Inovações ficam obsoletas em dois anos. O saber dobra a cada cinco. Ou menos? Já se fala em teletransporte e viagem temporal. Como lidar com tal magnitude e velocidade? Seja executivo, lojista, usuário, camponês, universitário, morador de rua, presidente ou ditador? Tivemos clientes dentro de todo este espectro. Temos implantado sistemas de toda espécie. Com equipes de 16 a mais de 60 anos. Limites se expandem. Vislumbramos choque de gerações (Steade) e sonhos de Ackoff (Redesign the Future).

Haverá tempo em que fungibilidade (estoque de produtos substituíveis) e transformabilidade, inclusive de energia em objetos ou membros humanos, farão com que a riqueza venha a ser medida em capacidade de processar bytes. Para que tudo seja convergente, o homem precisa enfrentar seu maior desafio.

Gerir tudo isso faz parte da inteligência corporativa. Gênios impulsionam, mas a tarefa é de equipe. Novo desafio da Hidra. Proposto para pessoas de qualquer idade, etnia, sexo, religião, ou time de futebol.

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Autor

Ivan Kallas, autor e conferencista na área de metodologia e ICT, tem rica carreira e vasta experiência da micro à mega organização. Natural de Santa Rita do Sapucaí, MG, Br, seu pai ajudou Sinhá Moreira a fundar o Vale da Eletrônica. Amigos e irmão mais velhos foram os primeiros eletrônicos formados no país. Ainda criança viu seus brinquedos evoluirem do pião, bola de gude para laser e parabólica. Daí sua vocação para lidar com gaps entre humanização e tecnologia. Formou-se em Direito, UFMG, Administração, UNA, mestrado, equivalência de Doutorado, Ohio University e pós-doutorado na FAI, Santa Rita do Sapucaí. Foi professor, Diretor de Faculdade, pós-graduação e formação de executivos para ambiente inovador. Executivo e consultor em corporações de porte ou transnacionais, ocupou cargos de Superintendente, Diretor e Adjunto à Presidência. Acompanhou toda a evolução da TI, sendo responsável ou partícipe na implantação de sistemas pioneiros mundiais. Prêmio Sucesu 1997 e MS Partner, 2009-11. Hoje dedica-se a voluntariado social e construção de Mentor Autômato para aprendiz e prático do desenvolvimento, com uso de tecnologias atuais e futuristas.

Ivan Kallas

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