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Retenção De Talentos – O valor do capital humano

publicado por Wagner Kondo

Quando se fala em retenção de talentos, o foco é a valorização e reconhecimento do capital humano da organização. Pode parecer meio contraditória a idéia de que a tecnologia depende, e muito, do capital humano, mas não é, principalmente na área de TI, a retenção de talentos pode ser um trampolim para o sucesso ou insucesso das organizações, atualmente existem milhares de tecnologias, linguagens de programação, hardware, software, mas tudo isso não tem o menor sentido se não manipulado da forma correta tanto na área de gestão desses recursos como na área técnica, na qual podemos potencializar a tecnologia a favor dos negócios.

Não existe uma receita de bolo para que se implante uma política de retenção de talentos, sem que o ingrediente principal seja o investimento no talento humano. É preciso cada vez mais compreender as pessoas e não somente gerir o quantitativo ou o gerar expectativas numéricas. Muitas organizações tratam o sucesso, com o atingimento de metas e lucros, mas isso pode equacionar em imposições de regras não muito satisfatórias para o desenvolvimento do capital humano, e com o passar do tempo essa política pode gerar o insucesso dessa organização, ou o aumento significativo de custos, em detrimento do capital humano.

É claro que não se pode estender processos de retenção de talentos a todas as organizações, visto que cada uma possui uma cultura e objetivos diferenciados, mas é preciso ter uma visão de longo e médio prazo, no qual o capital humano pode ser um ativo mais valorizado do que em uma visão imediatista.

Sabemos que a tecnologia varia muito de organização para organização, mas na maioria das organizações não existe análise de qual o software adequado pare seu colaborador? Qual seria o impacto se este software facilitasse processos internos, externos, relações com clientes e fornecedores?

Podemos fazer uma análise da tecnologia, todos sabem que a tecnologia além de ser dinâmica, exige um bom conhecimento sobre ela. Se queremos otimizar os processos, oferecer uma melhor experiência para o usuário, ou seja, ter a TI como aliada nos negócios, podemos não estar focados apenas nos recursos que um software pode oferecer, mas também o quão produtivo um colaborador pode se tornar com este novo software. Devemos estar sempre investindo em capital humano para que a evolução seja de forma gradativa e persistente.

Será que ninguém percebe que a eficiência, a criatividade, o desempenho, o desenvolvimento são processos que dependem do desenvolvimento do capital humano dentro das organizações?

A retenção de talentos deve ter como objetivo principal trazer o colaborador pra dentro do contexto organizacional, mantendo-o informado sobre toda a evolução da empresa, mais do que isso é dar voz a esse colaborador, para que ele possa exercer seu potencial analítico sobre a mesma, mas na maioria das vezes, profissionais com um cargo inferior mal sabem como a organização esta inserida no mercado, ou mal sabem qual é o objetivo da organização. É necessário fazer uma imersão nesses profissionais para que eles não sejam apenas meros expectadores.
É necessário uma maior integração entre os colaboradores e a organização, introduzir reciprocidade e introjeção de valores, dessa maneira não só o ambiente externo, mas também sua equipe de colaboradores estará satisfeita.

O objetivo de uma organização focada em retenção de talentos está no seus maiores clientes, os colaboradores , por isso não se pode falar em ações de parceria sem o estabelecimento de uma comunicação clara e objetiva que permitam o desenvolvimento de capital intelectual dentro da organização. A sincronia dos processos internos é consequência da adaptação dos colaboradores e no compartilhamento de conhecimento das práticas organizacionais.

É claro que quando se objetiva a retenção de talentos não se pode exagerar em controles autoritários, e com argumentos contrários ao da organização. O ambiente ideal deve ser influenciado sem manipulações, pois a motivação não depende apenas de um bom salário e bons benefícios, mas também pelo interesse que cada colaborador tem em realmente colaborar para evolução da organização.

Se você trabalha com tecnologia, pense bem, e reveja seus conceitos, não analise somente os custos operacionais e custos de aquisição, preocupe-se também com o fator humano, pois ele pode ser a alavanca que você precisa para que todos possam enxergar a TI como um fator diferencial nos negócios. Quando falamos em retenção de talentos, estamos falando também de valorização, reconhecimento, alcance de objetivos e porque não dizer: “da estratégia de sucesso dos novos tempos”.

Autor

Graduado em Administração de Empresas pela UEM (Universidade Estadual de Maringá) Administrador de Sistemas Sr. no Grupo Netshoes Membro do Technet desde 1 de setembro de 2008 Blog http://wrkondo.wordpress.com/ Twitter @wagner_kondo Linkedin http://br.linkedin.com/in/wrkondo MCP, MCTS, MCITP e MCT MCP Virtual Business Card https://www.mcpvirtualbusinesscard.com/VBCServer/wagnerkondo/profile Windows Server 2003/2008/2008/2012 R2, Windows Small Bussines Server 2003/2008. Hyper-V (Virtualização), Citrix XenServer, Vmware, Linux, Blade, Zabbix, Cacti.

Wagner Kondo

Comentários

7 Comments

  • Jâo, simplismente fantastico. Parabéns pelo seu artigo.
    Abraços.

    Eri.

  • Excelente visão sobre este tema tão abordado hoje.
    Podemos citar algumas empresas que utilizam esta politica, como Facebook, Google, Microsoft e Apple, todas procuram trazer para dentro da empresa pessoas com visão de Futuro, que trazem não só Tecnologia mas que trazem objetivos e projetos que melhoram a utilização destas tecnologias, facilitando a vida cotidiana das pessoas.

  • Boa tarde Wagner…

    Excelente artigo! Muito bom mesmo!

    De fato existem “pessoas” entre a tecnologia e os negócios.

    Pessoas com idéias inovadores, disposição, criatividade, motivação, objetivos pessoais e coletivos, que quando reconhecidas e valorizadas, tornam-se o grande diferencial de uma organização. Quer ver só?

    Tenho certeza que todos nós conhecemos um profissional, alguém em algum lugar, que é o verdadeiro destaque não somente por seu conhecimento técnico, mas por seu dinamismo, sua criativade, a forma como cria possibilidades, traz idéia para dentro da empresa, melhora o clima da equipe, transforma situações, cativa clientes,…

    Conclusão, o fator pessoal alinhado com a qualidade técnica é uma poderosa arma em boas mãos (empresa)!

    • Muito obrigado pelo comentário, pois contribuiu de maneira positiva complementando o artigo.
      Com certeza o princípio de trazer o colaborador para dentro do ambiente corporativo e para dentro do contexto, afinal não somos robôs, somos seres críticos. Com certeza muitas empresas tem o foco no cliente, mas se esquecem que elas mesmas são o seu maior cliente.

  • Excelente abordagem Wagner.
    O que mais presenciamos hoje é a falta de uma politica destas, pois o que mais ocorre é a alta rotatividade de profissionais implicando diretamente na qualidade do serviço.
    Isto ocorre justamente pela falta de preparo dos gerentes que são incapazes de notar um talento que se destaca dos demais e quando isto ocorre, já é tarde demais, pois outra empresa já viu e oferece uma proposta tentadora.
    Outro procedimento comum é a contratação de profissionais com salário baixo, achando que pelo simples fato dos mesmos estarem desempregados se sujeitam a valores menorer. Isto não passa de 2 meses, pois em pouco tempo este profissional estará indo para uma empresa que oferece mais vantagens.

    • O que realmente tem mudar Paulo, não é somente a visão dos gerentes, mas isso também é uma questão cultural de cada organização, talvez por uma falta de integração de toda a organização isso não ocorra.
      Mas com certeza temos diversas histórias de profissionais que deixam seus empregos por receberem propostas melhores, e digo que não é somente propostas financeiras melhores, mas também de condições de trabalho, benefícios, possibilidade de crescimento, plano de carreira, ou seja uma série de fatores que devem ser analisadas dentro de cada organização e algumas vezes não está nas mãos do gerente de TI.
      Todo bom profissional tem o anseio de crescer profissionalmente e pessoalmente, e o que temos que nos atentar é para que estes anseios sejam atendidos.

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