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Colaborações inovadoras para a mudança social

publicado por José Luiz Barbosa

Explorando tendências e modelos tecnológicos que estão mudando o mundo, eu gostaria de expor um ‘case’ escrito pelo escritor e pensador Daniel Pink.
Entretanto, para elevar o nível da conversa sobre como formas inovadoras de colaboração, no caso professor e alunos assim como alunos e professor e mesmo alunos e alunos, estão mudando a forma como fazemos a inovação social, gostaria de explicar por que tudo o que você achava que sabia sobre colaboração está mudando. Como que algumas das grandes tendências, para podermos moldar o futuro, vão impactar na prática da co-criatividade ou colaboração para a inovação.

Novo espaço a ser explorado
O Cirque Du Soleil foi bem-sucedido por ter percebido que, para vencer num futuro, as organizações devem parar de se preocupar muito em concorrer uma com as outras. Devem, ao invés, procurar espaços de mercado desconhecidos onde a competição é irrelevante, pois as regras do jogo ainda não estão definidas. Uma maneira inteligente de superar os antagonista seria não mais tentar superar-los, mas sim desenhar maneiras de inovar, ou se possível co-criar.
Para melhor compreender esta proeza devemos entender como o Cirque Du Soleil nasceu e se estruturou. Imagine, depois, um universo composto de dois tipos de mercado. O Tipo I representa todos os setores hoje existentes e é o espaço de mercado conhecido. Já o Tipo II abrange todos os setores não existentes hoje e é o espaço de mercado desconhecido. No Tipo I, as fronteiras setoriais são definidas e aceitas e as regras do jogo são conhecidas. Aqui, as empresas tentam superar suas rivais para abocanhar maior fatia da demanda existente. À medida que o espaço de mercado fica cada vez mais apinhado, as perspectivas de lucro e crescimento ficam cada vez menores.
O Tipo II, em contraste, se caracterizam por espaços de mercado inexplorados, pela própria criação de demanda e pela possibilidade de crescimento altamente lucrativo. Embora os novos mercados sejam desbravados bem alem das atuais fronteiras setoriais, a maioria se desenvolve dentro de um espaço conhecido.

Inovação não é Criatividade!
Chris Trimble e um colega entrevistaram centenas de diretores, pedindo a eles que definem – inovação. Geralmente, os diretores equacionam inovação com criatividade. Mas inovação não é criatividade. Através da inovação, as organizações empresariais poderiam mudar o mundo. Temos apenas um pequeno problema diz os autores de ”The Other Side of Innovation: Solving the Execution Challenge – “…empresas não são construídas para a inovação;… elas são construídas para a eficiência.”

Criatividade, por outro lado, trata-se da capacidade das pessoas, as quais formam uma empresa, de elaborar uma “boa” idéia. Inovação, fica então sendo, a capacidade dessa organização de executar a idéia – convertendo a idéia em um negócio de sucesso. Eu, nas minhas indagações, vivi que a capacidade de uma organização para inovar vem da capacidade das pessoas de co-criar, multiplicado, assim a execução. No entanto, criatividade não é inovação. Precisamos de criatividade para inovar, mas há uma diferença fundamental entre a criatividade e a inovação. No mundo empresarial, enquanto qualquer idéia pode ser uma expressão de criatividade, ele deve ter valor econômico, a fim de ser considerada uma inovação.

Um exercício interessante apresentada pelos próprios autores que indagam, qual seria mais eficaz: “movendo a sua pontuação de criatividade (já é bom) de seis a oito ou levantar sua contagem de execução (muito fraco) de uma a três?”
Aqui está a matemática, dos autores, usando uma taquigrafia criativia, tempo de execução:

Capacidade de inovar = 6 x 1 = 6
Capacidade de inovar, aumentando a pontuação criatividade = 8 x 1 = 8
Capacidade de inovar, aumentando a pontuação de execução = 6 x 3 = 18

As organizações tendem a concentrar muito mais a sua atenção na melhoria do “front end” do processo de inovação, o que acham ser a criatividade. Mas a verdadeira alavanca vem no “back end”.

“Flip-thinking” – colaboração sendo aplicada na inovação social

“Flip-thinking” - colaboração sendo aplicada na inovação social
No mundo educacional já estamos usando dessa maneira de pensar enfoca Daniel Pink. O professor Karl Fisch virou a maneira de pensar em ensinar, e de aprender, na cabeça dos alunos. Ele carrega suas palestras no YouTube para os seus alunos assistirem em casa e à noite. No dia seguinte, recebe-os na sala de aula para aplicar, e trabalhar, os conceitos durante o dia.

O que ele vem fazendo é, em vez de dar palestras sobre polinômios e expoentes no horário da aula para, em seguida, mandar seus pequenos problemas para ser trabalhado em casa, Fisch tem virado a seqüência. Ele registra as suas palestras em vídeo e envia-os para o YouTube. Para que, os seus 28 alunos assistam em casa à noite. Depois, em sala de aula, ele trabalha com os alunos, percebendo com eles resolvem os problemas e tem experiências com os conceitos apresentados na noite anterior – aulas à noite, “dever de casa” durante o dia.

Autor

New Business Development, Creative Leadership, Entrepreneurship and "Social Business" - http://www.cvlink.com.br/site/JLBarbosa Especialidades: Liderança Criativa e estruturamento de organização com o propósito de desenvolver capacidades e conhecimento. Os benefícios que proporcionei a outros, em meu trabalho, foram: • descobertas de novos caminhos para fazer dar certo a construção do futuro da organização, • realizações concretas segundo metas de negócios, • ações focadas e evolutivas, • amadurecimento e crescimento de uma equipe, • despertar, na equipe, capacidades que estavam guardadas Área de atuação: desenvolvimento de novos negócios, comunicação institucional, inovação social e desenvolvimento sustentável.

José Luiz Barbosa

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