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Resiliência para pessoas que buscam melhor convívio Profissional

publicado por Ruggero Ruggieri

RESUMO
Este artigo tem o objetivo de, através dos conhecimentos sobre a resiliência, ajudar os Gestores olhar por um novo ângulo e ajudar a estabelecer um modo diferenciado e positivo de ver e gerenciar as mudanças e a evolução no seu convívio de trabalho. Mudanças que acontecem durante o período do projeto e que podem servir como um impulso evolutivo e aumentar as chances de sucesso em seus empreendimentos.
Segundo Carl Rogers – “O único homem educado é aquele que aprendeu como aprender, como adaptar-se à mudança; é o homem que compreendeu que nenhum acontecimento é seguro, e que somente o processo de buscar o conhecimento fornece a base para a segurança”

CONCEITO
Resiliência – segundo o termo, provêm do latim do verbo “resilire”, que significa “saltar para trás” ao “voltar ao estado natural”. A palavra resiliência começou a ser utilizada nos conceitos da Física e Engenharia, para buscar a relação entre a tensão e compressão das barras metálicas para dar noção de flexibilidade e elasticidade e ajustes às tensões. Em seguida o conceito foi sendo utilizado nos campos da Educação, da Sociologia, da Psicologia, da Medicina e, agora, da Administração.
Para a Medicina, resiliência é conceituada como a capacidade de um organismo recuperar-se, eficazmente de algum acidente ou trauma. Um paciente resiliente é aquele que, independentemente do que acontecer em sua vida tem condições de compreender de administrar e de gerar um significado ou um sentido para aquela experiência.
No campo da Psicologia, a resiliência foi definida como um conjunto de processos sociais e intrapsíquicas que possibilitam a indivíduos manifestarem o máximo de inteligência, saúde e competência em ambientes de complexidade, instabilidade e pressão. Na Educação resiliência significa “a capacidade de responder de forma mais consistentes aos desafios e dificuldades, de reagir com flexibilidade e capacidade de recuperação diante de desafios e circunstancias desfavoráveis; de ter uma atitude otimista, positiva e perseverante e mantendo um equilíbrio dinâmico durante e após os embates”.
No campo da Administração, resiliência é amplamente utilizada nos processos de gestão de mudanças. Segundo Clemente Nóbrega (2004), ele comenta que todos os organismos as mudanças ocorrem durante o período do tempo, ele comenta no seu livro “A ciência da gestão – marketing, inovação, estratégica: um físico explica a gestão – a maior inovação do século XX – como uma ciência.” “Sucesso duradouro tem a ver com comportamentos transmitidos e preservados ao longo do tempo: critérios para tomar decisões, atitudes abertas em relação ao erro, à experimentação e ao risco, capacidade de forjar um senso de comunidade entre os colaboradores. Comportamentos que, diante da mudança na paisagem lá fora, garantem a vitalidade depois dos fundadores.” Segundo George Souza Barbosa (2006) “A psicologia tomou essa imagem emprestada da física, definindo resiliência como a capacidade do indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse, etc. – sem entrar em surto psicológico. Segundo o autor, a resiliência é como um amálgama de sete fatores: Administração das Emoções, Controle dos Impulsos, Empatia, Otimismo, Análise Causal, Auto Eficácia e Alcance de Pessoas. Refere-se em relação ao fator Administração das Emoções à habilidade de se manter sereno diante de uma situação de estresse. Ressalta que pessoas resilientes quanto a esse fator são capazes de utilizar as pistas que lêem nas outras pessoas para reorientar o comportamento, promovendo a auto regulação.

Segundo esse autor, quando esta habilidade é rudimentar as pessoas encontram dificuldades em cultivar vínculos, e, com freqüência desgastam no âmbito emocional aqueles que quem convivem em família ou no trabalho. Um segundo fator é o Controle de Impulsos, que se refere à capacidade de regular a intensidade de seus impulsos no sistema muscular (nervos e músculos). É a aprendizagem de não se levar impulsivamente para a experiência de uma emoção. O autor explicita que as pessoas podem exercem um controle frouxo ou rígido do seu sistema muscular, sendo que esses sistemas estão vinculados à regulação da intensidade das emoções. Dessa forma, a pessoa poderá viver uma emoção de forma exacerbada ou inibida. O Controle de Impulso garante a auto-regulação dessas emoções, ou a possibilidade de dar a devida força à vivência de emoções. Um terceiro fator é Otimismo. Nesse fator ocorre na resiliência a crença de que as coisas podem mudar para melhor. Há um investimento contínuo de esperança e, por isso mesmo, a convicção da capacidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão esteja fora das mãos. Outro fator é a Análise do Ambiente.

Barbosa menciona em seus estudos que a capacidade de identificar precisamente as causas dos problemas e das adversidades presente no ambiente. Essa possibilidade habilita a pessoa a se colocar em um lugar mais seguro, ao invés de se posicionar em situação de risco. A Empatia é o quinto fator que constitui a Resiliência, significando a capacidade que o ser humano tem de compreender os estados psicológicos dos outros (emoções e sentimentos). Barbosa descreve que é uma capacidade de decodificar a comunicação não verbal e organizar atitudes a partir desta leitura. Auto Eficácia, é o sexto fator que se refere à convicção de ser eficaz nas ações proposta. Barbosa argumenta que é a crença que alguém tem de que resolverá seus próprios problemas por meio dos recursos que encontra em si mesmo e no ambiente. O sétimo e último fator constituinte da Resiliência é Alcançar Pessoas. É a capacidade que a pessoa tem de se vincular a outras pessoas, sem receios e medo do fracasso. Barbosa reforça que é a capacidade de se conectar a outras pessoas com a finalidade de viabilizar a formação de fortes redes de apoio. Barbosa defende que tais fatores quando agrupados propiciam a superação da adversidade relacionada ao sentido da vida, no próprio resiliente e no seu próximo e é essa aglutinação que possibilita o produto da maturidade emocional”.

CONCLUSÃO

Analisando os conceitos de resiliência, podemos concluir que o sucesso duradouro tem a ver com comportamentos transmitidos e preservados ao longo do tempo. Hoje o Gestor ou a pessoa que utilizar os critérios para tomar decisões, atitudes abertas em relação ao erro, à experimentação e ao risco, capacidade de forjar um senso de comunidade entre os colaboradores. Todos estes comportamentos que, diante da mudança dos cenários que vão surgindo no decorrer de seu desenvolvimento, mostram que elas ficam mais abertas e suscetíveis no decorrer de seu empreendimento ou projeto quando está sob comando de uma equipe. Esta capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas e administrar as suas emoções, controlar os impulsos, empatia, otimismo e obter o alcance das pessoas. Refere-se em relação ao fator Administração das Emoções habilidade de se manter sereno diante de uma situação de estresse. Ressalta que pessoas resilientes quanto a esse fator são capazes de utilizar as pistas que lêem nas outras pessoas para reorientar o comportamento, promovendo a auto regulação, enquanto que se esta habilidade não está intrínseca e estas pessoas que não possuem resiliência e que encontram dificuldades em cultivar vínculos, e, com freqüência desgastam no âmbito emocional aqueles que quem convive em família ou no trabalho. Isto demonstra que precisamos sempre estar em busca de uma melhoria contínua e estar em sintonia com as equipes que estamos trabalhando, mostrando assim uma nova forma trabalho e uma melhor harmonia.

Autor

Gerente de Projetos SR., atua há mais de 20 anos na área de TI no seguimento do Governo do Estado de São Paulo. Desenvolveu atividades de desenvolvimento de Software para empresas brasileiras e multinacionais, tendo participando no Brasil e no exterior em projetos de TI de diversos segmentos como Educacional, Financeiro, Saúde, Tributário e Terceiro Setor. Professor de Pós-Graduação na UNINOVE nos cursos de Qualidade, Gerencia de Configuração, Requisitos, Gerenciamento de Projetos e Processo de Desenvolvimento Ágil Formado na PUC de Campinas, Pós-Graduação em Administração Hospitalar (Univ.São Camilo), Gerenciamento de Projetos (UNICAMP), Projetos Estruturados (USP), Ciência, Tecnologia e Inovação (USP). MBA em Gestão de TI na FIAP e Programa de Desenvolvimento Gerencial com foco em liderança estratégica - FIA, atualmente aluno de MESTRADO da UNINOVE na área de Gestão do Conhecimento. Formado em COACH para SBC - Sociedade Brasileira de Coaching e Master COACH pelo escola RICCOACHING.

Ruggero Ruggieri

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