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Grandes volumes de Informação – O CEO também usa

publicado por Marco Ribeiro

Introdução Todos hoje em dia sofremos com a sobrecarga de informações do dia-a-dia a ponto de sempre buscamos uma referência antes de tomarmos uma decisão que envolva nosso bolso. Se vamos comprar uma fruta ou verdura em um mercado queremos saber se há uma entressafra e procuramos artigos em época de colheita para pagar menos; se compramos um carro, vamos aos sites do setor para acompanhar cotações, ou ainda para ver a escola de nossos filhos vemos a nota do ENEM para saber se a escola é séria. Temos sempre uma referência para tudo que fazemos, um ponto de apoio para nortear nossas decisões que vai nos dizer que decisão tomar. E com tudo isso muitas empresas sequer sabem que informação vão coletar em seus sistemas informatizados!

No mar de informação que temos hoje em dia – podemos ver praticamente tudo sobre qualquer coisa com o mínimo de esforço e tempo – muitas empresas ainda se vêem perdidas pois sequer sabem a extensão das informações que possuem dentro de casa, e a meu ver é isso que entrava seu crescimento.

A informação que realmente afeta nossas empresas tem duas origens: o mercado que nós dá o retorno de nossas atividades (se aceitam ou não nossos produtos e serviços), e o conteúdo gerado dentro da empresa. E isso é um volume enorme de informação coletado todo o dia.

Empresas, Informação e Competitividade

As empresas que podem ser consideradas vencedoras no uso dos recursos de informação como ferramenta de competitividade são aquelas que utilizam as fontes de informação de maneira dinâmica e eficiente, e sobretudo , de forma dinâmica. Empresas em geral cometem dois grandes pecados – Isolam as áreas de negócio e TI – tudo é parte de uma coisa só – e não formalizam seus conjuntos de informação e não os divulgam para o resto da empresa – o isolamento de informação, ou as “ilhas de conhecimento” são um pecado mortal cometido todos os dias. Alguém já ouviu o termo “feudo de informação”? Pois é, este é um pecado mortal e tamanho da empresa não justifica sua existência. Isso se deve ao comodismo excessivo e à falsa crença de que certas realidades são imutáveis. O caso Google é um exemplo claro de tudo isso – ameaçou empresas até então líderes de mercado como a poderosa IBM e a Microsoft.

O mercado simplesmente não perdoa lentidão e mesmo as grandes empresas correm grandes riscos todos os dias – aliás são elas a maior vítima de sua própria incapacidade de enxergar adiante – crescem tanto que se tornam monolíticas, isoladas em ilhas sem comunicação, o que as faz menos competitivas e só se salvam por causa de times formidáveis de vendas que nem sempre recebem o devido reconhecimento.

Business intelligence(BI) – Solução e Problema

O conceito de business intelligence veio para tentar acabar com esse engessamento e pemitir aos executivos que possam tirar um raio-x constante da saúde de suas empresas, provendo os ajustes estratégicos necessários para manter a competitividade, aumentar participação em seus mercados e se manterem rentáveis, o que aliás é a pergunta que nunca vai calar – quanto estamos ganhando de verdade?

No entanto o conceito de business intelligence vem sofrendo revezes constantes que dificultam sua plena aceitação – é uma ferramenta cara, esbarra em processos complexos e demorados, gera volumes adicionais de informação imensos e o pior de todos os problemas – gera um conjunto fixo de resultados. Isso é um pesadelo para consultores e usuários.

Alguém já viu um executivo que lida por anos a fio com o mesmo conjunto de informações? Nem eu. O mercado é uma coisa totalmente inconstante, muito embora empresas lidem sempre com a mesma informação. Não, não é um paradoxo – é um fato. Precisamos estar sempre recombinando informações para alimentarmos nossos executivos com conteúdo útil para o processo de tomada de decisão, e o irônico de tudo isso é que com toda essa necessidade de flexibilidade os dados SÃO OS MESMOS, APENAS RECOMBINADOS!

É aí que o processo emprerra novamente – se a ferramenta que esperávamos pudesse resolver nossos problemas esbarra na dificuldade de prover informações e recombiná-las, para que serve, então? Mais uma vez a resposta recai sobre o mesmo ponto – método.

Para entender porque o método de se obter informações gerenciais pode influenciar tanto o resultado, precisamos retornar à raiz do problema – o ciclo de obtenção de informações gerenciais; este consiste em:

  1. Identificar o conjunto de informações de real uso para os executivos;
  2. Mapear as fontes de informação(de onde vem e como são formadas);
  3. Criar estruturas de informação derivadas para gerar os dados a serem usados;
  4. Montar os relatórios gerenciais.

Ora, se algo no processo decisório muda, todo o ciclo acima precisa ser refeito, um enorme impacto burocrático – é fato que a maioria dos sistemas de informação gerencial já nasce defasado antes mesmo de ser usado. Por isso e mesmo apesar dos pesados investimentos do mercado – o mundo vai gastar perto de US$ 20 bilhões este ano em business intelligence – a ferramenta sofre de um certo descrédito – como tudo em TI é considerada um “mal necessário”, uma despesa e quase nunca um investimento de retorno mensurável.
Mudanças?

Existiria uma forma de mudar este cenário? Mas é claro ! algumas pequenas medidas podem transformar totalmente esta cena e angariar interesse dos altos executivos em usar a ferramenta com o que ela foi desenhada para ser – um auxiliar valioso na gestão do dia-a-dia.

A alguns anos eu prestei serviços em uma grande indústria do ramo de jóias e o dono da empresa simplemente se recusava a passar na época pelo “CPD” – ele não via como isso ia ajudá-lo. Implantamos um sistema de acompanhamento de vendas que mostrava simplesmente o resultado instantâneo das vendas resultantes dos pedidos, em cada filial e consolidado para o Brasil. Ao ver esse resultado, procurado aliás por muitos anos, o executivo passou a frequentar o CPD de maneira quase irritante, pois ele sabia a cada instante o que se passava com vendas, seu “calcanhar de aquiles” e fazia ajustes constantes. Isso faz mais de vinte anos.

Se naquela época conseguimos resultados porque com todos os ERPs e ferramentas modernas de gestão essa idéia de repulsa à tecnologia para auxiliar executivos não muda? Não há diálogo! As empresas fazem a implementação das soluções como coisas estanques e não se importam se isso vai realmente ajudar a empresa que comprou o produto ou serviço. Esse egoismo, alimentado pela distância entre executivos e TI parece um ciclo interminável.

Novas Tecnologias e Sinais de Mudança

Mas muitas coisas mudam – os famosos “pardais” – radares de velocidade impuseram uma mudança de hábitos aos nossos motoristas pois mexeram num ponto fundamental de suas anatomias – o bolso. Agora temos motoristas mais cuidadosos por receio da multa – e ela vem, ah, isso vem.

No caso dos sistemas de business intelligence o mesmo começa a ocorrer – os sistemas de longa implantação e rigidez de resultados começam a ser substituídos por uma nova geração de software cuja maior representação são os bancos de dados colunares, que compactam grandes volumes de informação em máquinas “de prateleira”, compráveis no comércio tradicional e possuem velocidades absurdas de processamento. Este novo software permite que ao invés de projetos detalhados e rígidos de sistemas de informação tenhamos sistemas que crescem por demanda e são totalmente evolutivos, a partir dos dados de produção simplesmente copiados para o novo ambiente, que permite consultas instantêneas sem a necessidade de modelos complexos de dados. Podemos importar um ERP inteiro para um banco colunar e só extrair dali aquilo que for relevante para o negócio, conforme a situação exigir.

Esse enfoque aliado a novos métodos de projeto nos dão uma imensa redução no custo dos projetos(por vezes superior a 60%) – passamos a fazer mais com menos, fornecemos informação relevante mais rapidamente que em qualquer outro ambiente e aproximamos nossos executivos da área de TI, pois demandas constantes geram um maior contato entre as áreas e finalmente o fim dos “feudos”, criando um meio-ambiente cooperativo e muito mais produtivo. Empresas que usam a informação como diferencial competitivo se baseiam na interação total entre departamentos, no não-isolamento entre níveis hieráquicos e sobretudo na cooperação para o alcance de um objetivo comum. As empresas de organização tradicional vão ceder seu lugar a empresas com vocação empreeendedora e inovadora – essas vão dominar o mundo.

Autor

Data Analyst da Khydra Email: contact@khydra.com LinkedIn: http://br.linkedin.com/in/marcoaurelioribeiro

Marco Ribeiro

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